Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Bolsonaro deu aval para Nunes convidar Aldo Rebelo como substituto de Marta Suplicy na Prefeitura de SP

    Bolsonaristas citam como pontos favoráveis a Rebelo o fato de ele ter sido ministro da Defesa

    Jussara Soaresda CNN , Brasília

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi consultado e deu aval antes de o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), oficializar o convite ao ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) para compor o primeiro escalão do Executivo municipal, segundo interlocutores do PL.

    Com longo histórico em partidos de esquerda, Rebelo substituirá Marta Suplicy, que deixou a Secretaria de Relações Internacionais para retornar ao PT e ser vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) na disputa pela prefeitura paulistana.

    Bolsonaristas citam como pontos favoráveis a Rebelo o fato de ele ter sido ministro da Defesa no governo de Dilma Rousseff (PT) e ter bom diálogo com militares. Além disso, argumentam, também tem bom trânsito com o agronegócio.

    Mais recentemente, o ex-ministro também caiu nas graças do bolsonarismo ao dizer que os ataques às sedes dos Três Poderes em 2023 não foi uma tentativa de golpe.

    Em entrevista ao site Poder 360, Rebelo comparou os ataques antidemocráticos à invasão da Câmara de Deputados por integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST). Na época, Rebelo era o presidente da Casa.

    Nesta semana, em declaração ao jornal Folha de São Paulo, o ex-ministro também declarou que não apoiaria Boulos para a prefeitura.

    Rebelo lembrou que, quando era ministro dos Esportes, Boulos liderava o movimento “Não vai ter Copa”, às vésperas da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

    “Era um movimento que promovia quebra-quebra, sabotagem da Copa. Não tenho como apoiar uma pessoa dessas, não tenho condições”, afirmou Rebelo.

    A simpatia de Bolsonaro a Rebelo, porém, é mais antiga. Em 2002, Bolsonaro, então deputado federal, chegou a dar declarações a favor de que Rebelo assumisse o Ministério da Defesa no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Ao analista da CNN Pedro Venscelau, o ex-ministro ainda disse que vai pedir licença do PDT. Procurado, o partido confirmou que Rebelo vai se licenciar da sigla.

    Rebelo foi presidente da UNE e uma das maiores lideranças do PCdoB, partido que deixou em 2017. Em 2022, disputou o Senado pelo PDT, sigla que apoia Guilherme Boulos (PSOL) na pré-campanha pela prefeitura de São Paulo.

    Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, foi ministro de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, dos Esportes, Ciência e Tecnologia e, por fim, ministro de Defesa.

    Tópicos