Bolsonaro critica passaporte vacinal e defende restrições para imunizar crianças
No último dia do ano, presidente fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão e defendeu medidas do governo no combate à pandemia
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (31), que o governo federal não apoia o passaporte da vacina e defendeu que crianças entre 5 e 11 anos devem ser vacinadas apenas com consentimento dos pais e apresentação de prescrição médica.
“Não apoiamos o passaporte vacinal nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Defendemos que as vacinas para crianças entre cinco e 11 anos seja aplicada somente com consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”, disse o presidente.
Bolsonaro também aproveitou o pronunciamento para criticar a gestão de governadores e prefeitos durante a pandemia de Covid-19. Sem citar nomes, o presidente reprovou “a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toque de recolher”.
Além disso, o chefe do Executivo acrescentou que o governo federal “dispensou recursos bilionários pra que estados e municípios se preparassem pra enfrentar a pandemia”. Na defesa das medidas do governo, Bolsonaro destacou o Auxílio Emergencial, que segundo ele beneficiou 68 milhões de pessoas. O presidente afirmou que o total pago em 2020 foi equivalente a 13 anos de gasto com o programa Bolsa Família.
Bolsonaro voltou a afirmar que não há corrupção no governo. “Completamos três anos de governo sem corrupção. Já concluímos, com menor custo, centenas de obras paradas há vários anos”, disse. O chefe do Executivo afirmou que espera que em 2022 “tudo se volte à normalidade” e que a alta da inflação é consequência da “equivocada política do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’”.
Por fim, o presidente se solidarizou com as vítimas das fortes chuvas na Bahia e Minas Gerais e disse que “desde o primeiro momento” escalou os ministros João Roma (Cidadania) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) para cuidarem da calamidade pública.
Durante a transmisssão do pronunciamento de final de ano, houve registros de panelaços contra o presidente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.