Bolsonaro decide trocar comando da PF e Moro avalia deixar o governo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que irá trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. O ministro reagiu mal ao comunicado e avalia deixar o governo.
Três nomes são cotados para o posto. O secretário de Segurança Pública, do Distrito Federal, Anderson Torres; o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagen; e o diretor do Departamento Penitenciário (Depen), Fabiano Bordignon.
Moro está condicionando sua permanência no cargo à influência na indicação do sucessor da PF. Bordignon é o nome mais próximo a ele. Ramagen agrada a ala militar e Torres é praticamente um desafeto de Moro, muito crítico a sua atuação na área de segurança pública.
Uma fonte do Palácio do Planalto assegura que Moro não pediu demissão, mas coloca como imprevisível a chance de ele ficar ou não. Também garante que Anderson Torres não deve ser o sucessor de Valeixo na PF.
No Ministério da Justiça, a avaliação é a de que se Moro sair, haverá uma debandada de outros auxiliares que chegaram com ele na pasta em janeiro de 2019.
Valeixo por sua vez aceita deixar o cargo. O cargo em negociação para ele é ser adido em Portugal. No entanto, defende que haja uma transição segura com um nome que o agrade e agrade também Moro. Ambos não querem que um “estrangeiro” assuma o posto, para ficar na expressão de um interlocutor de Valeixo.
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