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    Bolsonaro articula e ex-diretor da PF deve permanecer no governo

    Teor do encontro foi revelado por interlocutores do Planalto

    Caio Junqueira

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com o ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Paulo Maiurino e no encontro, segundo interlocutores de ambos, pediu-lhe que ele aceitasse o cargo que lhe foi oferecido de Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas. A nomeação deve sair no Diário Oficial da União nos próximos dias.

    Maiurino, como revelou a CNN, foi demitido pelo telefone no dia 25 de fevereiro pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. No mesmo dia, o ministro tuitou dizendo que ele seria alocado na secretaria subordinada a ele, mas Mairuino não havia aceitado ainda. Incomodou-se com a demissão e, mais ainda, segundo seus interlocutores, com a forma como foi demitido.

    O governo, porém, avaliou que seria melhor mantê-lo por perto, tendo em vista a sensibilidade do cargo que ele ocupou –e o nível de informações que acessou durante seu período na PF– pouco menos de 11 meses. Nas primeiras conversas que teve pessoalmente com Torres sua permanência no cargo não havia ficado muito clara. Apenas que Torres queria alguém mais próximo a ele na PF.

    Diante da incerteza, Bolsonaro o chamou ao Planalto para uma conversa na qual teria lhe dito que a demissão não foi a pedido dele e que gostaria que ele aceitasse o posto oferecido no Ministério da Justiça.

    Mairuino disse a interlocutores que na sua percepção foi a relação próxima com o Judiciário, que via nele um interlocutor preferencial no governo em detrimento do ministro da Justiça, que levou a sua queda da PF. O ex-chefe da PF foi chefe da segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) e nesse período ganhou a confiança de boa parte dos ministros da corte. Além disso, é muito próximo de Dias Toffoli, pois ambos são de Marília, no interior de São Paulo.

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