Bolsonaro ainda avalia timing da demissão de Mandetta, mas já descarta nomes
Uma fonte próxima ao presidente diz que ele é 'imprevisível'
O presidente Jair Bolsonaro busca nomes para substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas ainda não decidiu o momento ideal para a sua demissão.
Uma fonte próxima ao presidente diz que ele é “imprevisível” e que tanto pode demitir Mandetta nesta semana, como deixar a crise se agravar para que sua saída seja justificada por critérios mais técnicos que políticos. Uma outra fonte, porém, assegura ter ouvido do presidente que a demissão ocorrerá nesta semana.
Qualquer que seja o momento, porém, o Planalto avalia um nome com as seguintes características: acadêmico, reconhecido na classe médica e conservador.
Alguns, contudo, já estão descartados. O deputado federal Osmar Terra, flagrado pela CNN em uma conversa com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, tramando a queda de Mandetta, é um deles. O governo entende que ele se desgastou muito com o episódio e, além disso, foi demitido neste ano da Cidadania. Voltaria, sob essa ótica, desmoralizado.
O presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Eisntein, Claudio Lottenberg, também não é um nome considerado pelo governo. A avaliação é a de que ele é muito ligado ao PSDB paulista e ao governador de São Paulo, João Doria. A médica Nise Yamaguchi também tem restrições do governo por enfrentar resistências da classe médica.
Os outros nomes que estão na mesa continuam circulando, como o dos médicos Paolo Zanotto e Ludmilla Hajjar. Uma ala do bolsonarismo tem sugerido até mesmo Roberto Kalil, reconhecido por sua intimidade com todos os nomes da classe política. A ala militar também vê com bons olhos o diretor-presidente da Anvisa, almirante Antonio Barra Torres, que é muito próximo ao presidente.