Bolsonaristas criticam STF em convocação para manifestações de 7 de Setembro
Vídeos enviados pelo Whatsapp e panfletos divulgados nas redes sociais falam em 'liberdade' e criticam Moraes, Barroso e Fachin
A convocação para as manifestações de 7 de Setembro por parte de apoiadores bolsonaristas tem apresentado críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
“Não iremos às ruas no dia 7 contra a Suprema Corte. Pelo contrário, queremos uma suprema corte suprema. Iremos às ruas para clamar pela liberdade. Não é possível que um ministro da Suprema Corte cuspa na Constituição Federal, suba em cima dela e se ache maior do que ela”, diz em discurso o deputado Otoni de Paula (PTB), num vídeo distribuído a apoiadores convocando para a manifestação no Rio de Janeiro.
O deputado federal General Girão (PL) mandou um ‘recado aos ministros do STF’ em conta no Twitter.
“Nós não aceitaremos mais essa ditadura do judiciário. Não aceitaremos e vamos deixar isso claro nas ruas. O Brasil merece e precisa que cada um cumpra o seu dever. E o dever da população é amanhã estar nas ruas dizendo: presidente Bolsonaro, eu autorizo. Eu autorizo, sim! Não aceitamos essa didatura do judiciário. Isso vai ter fim”, afirmou.
“É amanhã pela nossa liberdade”, traz um dos panfletos convocatórios da deputada Carla Zambelli (PL) para a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. Antes disso, ela tinha criticado a decisão do ministro Edson Fachin, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de suspender trechos de decretos de armas do presidente Jair Bolsonaro.
“Seguranças armados para nós, insegurança pra vocês”, sugeriu, reforçando a convocação para o ato.
O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também criticou a decisão. Panfletos que circulam no Twitter e Telegram trazem imagens convocatórias com a foto dos ministros do STF em preto e branco e frases como “A justiça é posta de lado, e o direito é afastado. A verdade anda tropeçando no tribubal” e “7 de Setembro, a luz vencerá as trevas que ocupam os poderes do Brasil”.
Procurado pela CNN, o STF afirmou que nem o tribunal e nem os ministros vão se manifestar sobre este assunto.