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    Barroso vota contra afastar Moraes do inquérito do golpe

    Recurso da defesa de Jair Bolsonaro começa a ser analisado nesta sexta-feira (6); ministros têm até dia 13 para depositarem os votos

    Gabriela Boechatda CNN , Brasília

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, votou contra nesta sexta-feira (6) o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pede impedimento do ministro Alexandre de Moraes para atuar na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

    O ministro Edson Fachin acompanhou o voto de Barroso, relator do caso. Já Moraes se declarou impedido de se manifestar sobre a ação.

    No voto, Barroso argumentou que a defesa de Bolsonaro não apresentou razões que justifiquem o impedimento de Moraes para atuar no inquérito.

    Em fevereiro, a defesa do ex-presidente já havia pedido o impedimento do ministro no caso. Barroso, à época, também negou o pedido, justificando que a defesa não demonstrou de forma clara uma causa que justificasse o impedimento.

    A defesa do ex-presidente entrou agora com um recurso para reavaliar a decisão. O pedido será votado em plenário virtual. Os ministros têm até 13 de dezembro para depositarem os votos.

    O argumento principal da defesa de Bolsonaro para o recurso é que Moraes seria uma vítima potencial das tratativas que fariam parte do plano golpista.

    São citados, por exemplo, conclusões da Polícia Federal (PF) de que o magistrado teve o itinerário e sua localização monitorados pelos envolvidos na trama. A apuração indicava um suposto plano para prender Moraes em 2022.

    Na época em que a defesa entrou com o primeiro pedido de impedimento, em fevereiro, ainda não haviam sido divulgados os indícios do plano para matar autoridades, incluindo o próprio Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Em voto, Barroso afirma que “a simples alegação de que Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento para a relatoria do caso”.

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