Barroso defende encontro do Judiciário em MS apesar de investigação sobre venda de sentenças no estado
Presidente do STF disse que cancelar o evento seria um "pré-julgamento" e desprestígio com o Judiciário


Com desembargadores de Mato Grosso do Sul no alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, defendeu o 18º Encontro do Poder Judiciário, promovido em Campo Grande, capital do estado.
Os magistrados sul-mato-grossenses são investigados por suposta venda de sentenças.
Na opinião de Barroso, cancelar o evento no estado seria um “desprestígio”. Ele também disse que sanções não devem ser tomadas “antes da hora”.
“Não realizar o encontro aqui em Mato Grosso do Sul seria um pré-julgamento que não corresponde à maneira que nós achamos que a vida deve ser vivida”, defendeu o magistrado, que ratificou que as decisões adequadas deveriam ser tomadas no fim do processo.
No evento, realizado nesta segunda-feira (2), Barroso disse que “o Poder Judiciário não compactua com as coisas erradas quando elas acontecem”.
Nós mantivemos a realização desse encontro nacional aqui em Mato Grosso do Sul por um conjunto de razões, a começar pela primeira e mais importante que nós aprendemos no início da nossa formação jurídica: nós não julgamos, nós não pré-julgamos, nós só condenamos ao final do devido processo legal
Luís Roberto Barroso