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    Bancada do PT pede para Padilha liberar cargos nos estados e tenta afinar articulação na Câmara

    Reunião foi realizada no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (24); legenda tenta impedir que pautas sensíveis ao governo avancem para plenário

    Gabriela Pradoda CNN , em Brasília

    Parte dos integrantes da bancada do PT na Câmara dos Deputados pediu ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, maior agilidade na liberação de cargos para atender as bases nos estados. A reunião foi no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (24).

    A bancada também tenta organizar a relação entre Planalto e Câmara para impedir que projetos de lei que são contra o interesse do governo sejam votados, por exemplo, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, uma das últimas etapas antes da proposta estar pronta para votação em plenário.

    Petistas que participaram da reunião disseram, sob reserva, que, apesar da reunião contar com seis deputados, os integrantes levaram o recado de boa parte da bancada.
    O encontro não estava previsto no e-agendas, sistema público de prestação de conta dos compromissos de autoridades, mas foi confirmado por representantes da bancada.

    Além da liberação de cargos, há também um desconforto com alguns integrantes do partido com as negociações em projetos que o governo é contra. Parte dos petistas acredita que a articulação com oposicionistas deveria ser feita quando os projetos ainda estão nas comissões temáticas.

    Há uma avaliação de que, deixar o diálogo para quando a tramitação já se encaminha para as deliberações finais, antes do plenário, deixa a conta da articulação “mais cara”.

    Nesta quarta-feira (23), o PT foi surpreendido com a votação da proposta de emenda à Constituição 3/2023. A medida estabelece que o Congresso Nacional terá competência para autorizar operações de créditos por financeiras controladas pela União, em casos de a operação ser fora do país.

    A PEC mira principalmente os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O parecer do deputado Arthur Maia (União-BA) foi pela admissibilidade da proposta.

    Apesar da comissão ser presidida pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), o governo teve dificuldade em retirar a proposta de pauta. O requerimento de retirada de pauta apresentado pela base governista foi rejeitado por 45 a 18.

    Depois de discussões entre governistas e oposição, a apreciação do projeto foi encerrada por causa do fim da reunião. A “saia justa” acendeu o alerta para tentar afinar a articulação política no legislativo.

    Dentro de 15 dias, os deputados devem se reunir novamente com Padilha já com um levantamento de pautas sensíveis ao governo para tentar facilitar as negociações.
    Procurados, o líder da bancada petista, Zeca Dirceu (PT-PR), e o ministro Alexandre Padilha, não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

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