‘Atingimos o platô’, diz Bruno Covas sobre coronavírus na cidade de São Paulo
Covas também falou que a cidade passa, no momento, por uma fase decrescente na solicitação de leitos de unidade de terapia intensiva
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a capital paulista atingiu o platô na pandemia do novo coronavírus. “Durante duas semanas, esse número foi mantido. Atingimos um platô. Muito desse platô se deve, inclusive, ao uso de máscaras na cidade de São Paulo. Isso é reflexo do decreto municipal.”
Covas também falou que São Paulo passa, no momento, por uma fase decrescente na solicitação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). O anúncio foi feito durante a coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3), no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo a atualização mais recente do boletim epidemiológico municipal, a taxa de ocupação em leitos de UTI é de 63%. Com este índice, a capital paulista tem, pelo segundo dia consecutivo, uma taxa de ocupação abaixo dos 70%. Em números totais, foram registrados 68.998 casos confirmados de Covid-19, 57.731 curados e 4.305 mortes na cidade.
Assista e leia também:
Queda nas vendas do varejo de SP foi superior a 67% em maio, diz ACSP
Celso Kamura fala sobre crise e defende horário ampliado para salões na retomada
Vacina de Oxford contra Covid-19 será testada em 2 mil voluntários no Brasil
“São esses números que a cidade conseguiu atingir. A preocupação agora é que a gente não retroceda”, declarou.
Em relação aos 8 critérios utilizados para definir as fases de cada região, a cidade de São Paulo possui dois indicadores na fase 2, representado pela cor laranja, quatro indicadores na fase 3 (amarela) e dois indicadores na fase 4 (verde). Contudo, a cidade ainda se encontra, em análise final, na segunda fase de reabertura, devido às taxas de ocupação nos leitos obtidas nos últimos sete dias.
Fases
O Plano São Paulo, que define regras para a reabertura gradual dos serviços no estado, baseia-se em cinco fases para determinar o nível de flexibilização nas regiões. A fase 1 (vermelha), é definida como “alerta máximo”. Neste contexto, apenas os serviços essenciais, indústria e construção civil possuem permissão para funcionar.
A fase 2, representada pela cor laranja, é considerada uma fase de “atenção”. As regiões que se encontram nesta fase podem retomar, com restrições, as atividades no setor de imobiliária, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. A vulnerabilidade econômica também é um fator a ser considerado.
Na fase 3 (amarela), de “flexibilização”, o plano libera totalmente as atividades retomadas na etapa anterior, mantendo as restrições em shoppings e comércios. Além disso, é possível reabrir, com limites, bares, restaurantes e salões de beleza.
A fase 4 (verde), considerada a fase de “abertura parcial”, inclui a reabertura das academias com restrições, por exemplo.
Por fim, a fase 5, representada pela cor azul, é denominada de “normal controlado”. Neste cenário, é permitida a retomada das atividades sem restrições, contanto que os protocolos de segurança sanitária sejam mantidos.
O estado de São Paulo prevê um prazo de 9 a 18 meses, contados a partir de março, para finalizar o processo de reabertura.
Setores podem reabrir antes
Covas afirmou que os setores autorizados pelo Plano São Paulo a retomarem suas atividades poderão reabrir antes do término desta quarentena.
“O prazo do dia 15 é o prazo que o município replicou o decreto estadual de prorrogação da quarentena. O decreto estadual, publicado na sexta-feira (29), prevê no seu artigo 1º que a quarentena fica prorrogada, pelo menos, até o dia 15 de junho.”
“Assim que a [Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA)] der o ‘ok’, os setores poderão abrir. Isso pode acontecer antes ou depois do dia 15. Não há nenhum prazo que coincide com a análise da Vigilância.”
Até esta terça-feira (02), a Prefeitura de São Paulo recebeu 54 propostas de protocolos sanitários dos setores. De acordo com o órgão, “entre os documentos recebidos, 22 são da fase 2 e outras 32 sugestões são de entidades enquadradas nas fases 3 e 4 ou de serviços essenciais.”
Estado
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-SP), o estado de São Paulo registrou 123.483 casos de Covid-19, com 8.276 mortes. A taxa de ocupação nos leitos de UTI é de 72,3%. Na região metropolitana de São Paulo, chega a 84,7%.
