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    Segundo inquérito da PF aponta que atentado contra Bolsonaro não teve mandante

    Nova apuração foi iniciativa da corporação para provar que não houve participação de outras pessoas na ação em que o presidente levou uma facada de Adélio Bispo

    O então candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). No círculo, em destaque, Adélio Bispo
    O então candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). No círculo, em destaque, Adélio Bispo Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo (06.set.2018)

    Da CNN, em São Paulo

    Não houve mandante para o ataque a faca contra o presidente Jair Bolsonaro, de acordo com anúncio feito pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14). 

    De acordo com a investigação, o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho, por iniciativa própria, responsável tanto por planejar quanto por executar a ação.

    Essa é a segunda apuração sobre o ocorrido. A primeira foi concluída em setembro de 2018, mesmo mês e ano em que o crime foi cometido, e obteve a mesma conclusão. A iniciativa de repetir o inquérito foi da própria corporação, para provar que não houve participação de outras pessoas.

    Mesmo depois da conclusão da primeira investigação e já depois de assumir a presidência, Bolsonaro pediu publicamente, em diversas ocasiões, uma nova investigação sobre o caso. 

    Em depoimento à PF dentro da investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na corporação, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro citou o caso Adélio como motivo de conflito entre ele e o presidente.

    Segundo Moro, Bolsonaro justificou a exoneração de Maurício Valeixo da direção-geral da PF citando uma suposta “falta de empenho” do delegado em descobrir possíveis mandantes do atentado. 

    O ex-ministro afirmou que, quando os resultados da primeira investigação foram apresentados a Bolsonaro, o presidente “não apresentou qualquer contrariedade em relação ao que lhe foi apresentado”.

    O atentado

    Durante a campanha presidencial, o então candidato Bolsonaro foi esfaqueado na região abdominal em um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais. O presidente passou por várias cirurgias desde então.

    Adélio foi preso em flagrante e transferido para um presídio em Campo Grande dois dias após o ato. Em junho de 2019, recebeu sua sentença, a absolvição imprópria — foi considerado culpado, mas impossibilitado de ser punido por conta de sua doença mental. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante persistente. 

    A Justiça autorizou a transferência de Adélio para uma instalação adequada para seu tratamento em março deste ano, após 18 meses de prisão.