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    Até ala do PT contra aliança vê Lula e Alckmin mais próximos

    Ex-governador de São Paulo sofre resistência para se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab, o que pode dificultar a formação da chapa

    Tiago TortellaIsabela Filardida CNN

    O Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta divergências internas em relação à aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido). Porém, mesmo na ala refratária à aliança, de acordo com a âncora da CNN Daniela Lima, o entendimento é que a “atração dos dois se dá como por gravidade”.

    Os políticos podem se unir em uma chapa para concorrer à presidência da República nas eleições de 2022, com Alckmin sendo vice de Lula.

    Alguns integrantes do PT entendem Alckmin como um político de direita, marcado principalmente na questão da segurança pública. Outro ponto que pesa para os petistas é que foi ele quem teria lançado Ricardo Salles, ex-Ministro do Meio Ambiente, na política. Ele também ajudou a viabilizar grupos de direita a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Mesmo assim, eles entendem agora que Lula e Alckmin convergem cada vez mais para formar a chapa, sendo difícil articulação contrária.

    Nesse domingo (19), o ex-presidente e o ex-governador se encontraram em um jantar promovido pelo grupo Prerrogativas, formado por advogados, no que foi a primeira aparição pública dos dois juntos desde que os rumores sobre a aliança começaram.

    Ainda segundo a âncora da CNN, a avaliação de quem esteve no encontro é de que Lula quer Alckmin como vice e o ex-governador também quer integrar a chapa do ex-presidente.

    Alckmin e PSD

    O ex-governador poderia se filiar ao Partido Social Democrático (PSD), de Gilberto Kassab, ou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

    Porém, o PSD continua decidido com a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD), e Kassab, que também participou do jantar desse domingo, diz que não irá esperar por Alckmin para a disputa do governo de São Paulo no ano que vem.

    Ainda de acordo com a âncora da CNN, o partido busca como “plano B” para a candidatura para o governo paulista alguém que já tenha sido ministro ou prefeito, por exemplo. Alguém que já “tenha algum legado”.

    O MDB, por sua vez, segue firme com Simone Tebet. Até abril, o partido espera que a pré-candidata à presidência consiga 8% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais.

    Conflitos entre PSB e PT

    O Partido Socialista Brasileiro e o PT têm atritos em estados como Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Acre e, principalmente, Pernambuco.

    Se Alckmin se filiar ao PSB e os dois partidos disputarem as eleições em 2022 como federação, terão de lançar candidatos únicos nas eleições municipais de 2024 – isso porque esse modelo faz com que as siglas atuem como uma só por quatro anos.

    Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB) são adversários políticos, por exemplo, e disputaram as eleições de 2020 para a prefeitura de Recife. Se a federação for formada, apenas um poderia se lançar como candidato em 2024.

    De acordo com a analista de política da CNN Thais Arbex, o PSB espera também do PT, até o final janeiro, uma resposta sobre outras demandas estaduais.

    Veja os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022

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