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    Aras decidirá se denuncia Flávio Bolsonaro ao STF por não comparecer a acareação

    Filho do presidente Jair Bolsonaro faltou a uma audiência de acareação marcada pelo Ministério Público Federal (MPF)

    Leandro Resendeda CNN

    O procurador-geral da República Augusto Aras irá decidir se denuncia ao Supremo Tribunal Federal o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pelo crime de desobediência. O filho do presidente Jair Bolsonaro faltou a uma audiência de acareação marcada pelo Ministério Público Federal (MPF) ontem, no âmbito de uma investigação que apura suspeita de vazamento d Operação Furna da Onça em 2018 para beneficiar o senador. Aras terá que decidir após receber representação do MPF, que apura o caso no Rio. 

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    Flávio iria ficar frente a frente com seu suplente e ex-aliado, o empresário Paulo Marinho, que desde maio o acusa de ter exonerado Fabrício Queiroz de seu gabinete após receber informação privilegiada da investigação. A defesa de Flávio informou que ele teve um compromisso no Amazonas. 

    Como os procuradores que atuam no caso não podem denunciar um senador, que possuem foro no STF foi enviado um documento ao PGR na tarde desta terça-feira (22/09), em que os investigadores apontam crime de desobediência por parte do senador.

    No pedido de providências, o MPF discorda da tese da defesa de Flávio – de que por ser senador, ele teria prerrogativa de escolher hora e local da acareação. O entendimento do MPF é que isso vale apenas quando a pessoa com foro é testemunha – caso do filho do presidente em julho, quando ele escolheu ser ouvido no Senado. 

    A defesa do senador Flávio Bolsonaro sugeriu uma nova data para acareação – 05 de outubro, no gabinete do parlamentar, no Senado. No entanto, a CNN apurou que o MPF não deve aceitar a sugestão. Em nota, a defesa do senador Flávio Bolsonaro já havia se posicionado sobre a possibilidade do crime de desobediência, descrita como “lamentável sob vários aspectos. Nem o Procurador da República poderia dar ordem ao Senador e nem essa “ordem”  seria legal, pelo que constituiria uma impropriedade técnica com poucos precedentes na história do Judiciário Fluminense”.  

    A acareação entre Paulo Marinho e Flávio Bolsonaro é um dos pontos centrais da investigação, cujo prazo para conclusão expira em novembro. Além deste encontro, os investigadores esperam ter acesso a dados de celulares das pessoas apontadas por Paulo Marinho como tendo estado na porta da PF no dia em que as informações vazaram – acesso negado pela Justiça Federal na 1a instância – e estão cruzando informações sobre os registros de entrada e saída da sede da PF no Rio, como a CNN revelou no começo deste mês.

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