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    Appio nega que tenha feito ligação a filho de desembargador, diz defesa

    Juiz afastado irá prestar depoimento ao CNJ nesta quarta-feira (31)

    Renata Agostini

    O juiz Eduardo Appio nega, segundo sua defesa, que tenha feito uma ligação para o advogado João Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli, na qual ele teria se passado por outra pessoa.

    Ele irá sustentar essa versão em depoimento agendado para esta quarta-feira (31) na auditoria determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), informa a defesa.

    O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) considerou o episódio do telefonema para determinar o afastamento de Appio de suas funções na 13ª Vara Federal de Curitiba e alijá-lo dos casos da Lava Jato.

    Segundo Pedro Serrano, que defende o juiz federal, não há “sentido afastar um juiz por essa conduta que foi imputada”, até porque Appio nega que tenha feito a ligação.

    “Não foi ele quem fez”, disse o advogado à CNN

    A expectativa da defesa é de que, após a oitiva de Appio, ele possa retornar ao cargo.

    Serrano é sócio da Warde Advogados e foi autor do pedido de auditoria na Vara Federal de Curitiba, argumento acolhido pelo Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

    A defesa de Appio aponta ainda uma atuação parcial do TRF-4 ao comparar tratamento despendido a Sergio Moro (União-PR), que interceptou comunicações de advogados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Lava Jato, e o episódio do telefonema.

    “Há um evidente comportamento parcial do tribunal. Quando Moro grampeou o telefone dos advogados de Lula, houve representação contra ele por parte desses advogados. O tribunal decidiu que Moro podia agir contra a lei”, disse Serrano.

    “Com relação a Appio, uma acusação de um fato menor, que não foi no exercício das funções de juiz, leva ao afastamento liminar dele sem ele ter se defendido e sem haver instalação de processo. Agora, o CNJ tem que ouvi-lo e, depois, decidir se ele retorna ou não ao cargo”, afirmou o advogado.

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