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    Após viagem à China, Lula vai à Europa tentar destravar acordo Mercosul-União Europeia

    A presidente do bloco europeu, Ursula von der Leyen, também virá ao Brasil nas próximas semanas, com o objetivo de acelerar as negociações

    Noeli Menezesda CNN

    Brasília

    O presidente Lula deve viajar à Europa após a visita que fará a China no fim do mês para tentar fazer avançar as negociações do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. A informação foi dada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, após reunião bilateral de cúpula com a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, nesta sexta-feira (17).

    “A União Europeia é o maior investidor do mundo no Brasil, mas não havia encontro de cúpula entre Brasil e UE desde 2014. O presidente Lula deve ir, depois da China, à Europa. Eu acho que a presença de Margrethe aqui no Brasil e, provavelmente logo, a visita da presidente da União Europeia mostram essa aproximação permanente entre Brasil e UE”, afirmou Alckmin.

    Margrethe confirmou a vinda da presidente do bloco europeu, Ursula von der Leyen, ao Brasil nas próximas semanas, para “acelerar o ritmo das negociações e assegurar que o acordo seja concluído”.

    “Existe a expectativa de que a nossa presidente venha ao Brasil. Entendo que é chegada a hora. Esse é o momento em que precisamos tratar desse tema, do acordo Mercosul-União Europeia, com prioridade”, disse a representante da UE.

    Novas condicionantes

    Recentemente, a União Europeia apresentou um documento exigindo novos compromissos ambientais para desbloquear o acordo de livre comércio com o Mercosul. O teor do texto foi considerado “duro” e “desequilibrado” pelo bloco sul-americano.

    Um acordo UE-Mercosul, exaustivamente negociado nas duas últimas décadas, foi finalmente fechado em 2019. O tratado diminui para zero, em um prazo máximo de 15 anos, as tarifas de importação sobre 91% do intercâmbio comercial. A estimativa do Itamaraty é de ganhos de quase US$ 100 bilhões para as exportações brasileiras até 2035.

    Diante dos números crescentes de desmatamento, no governo Jair Bolsonaro, a UE travou a assinatura do acordo. Depois disso, ainda teria que ser ratificado pelo Parlamento Europeu.