Após um ano da fuga, governo apresentará mudanças feitas em Mossoró
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, fará apresentação à imprensa na quinta-feira, véspera de um ano da fuga histórica
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
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fará uma apresentação à imprensa, na próxima quinta-feira (13), para detalhar as mudanças feitas na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
A unidade registrou a primeira fuga no Sistema Penitenciário Federal em uma ação cinematográfica no ano passado.
A fala do ministro será realizada na sede da pasta, às 16h, na data que marca a véspera de um ano da fuga histórica. Outros integrantes da pasta estarão presentes.
A CNN apurou que, dentre os avanços a serem destacados pelo ministro, está o início das obras da muralha para proteção extra na penitenciária de Mossoró. Por lá, novas torres de segurança também estão em processo de construção, assim como a aquisição de 11 novas viaturas semiblindadas.
Lewandowski também apresentará dados do aprimoramento do sistema de segurança digital, ponto que foi muito cobrado e destacado na época da fuga.
No período de um ano, foram 194 câmeras digitais de segurança, 12 novas TVs de monitoramento, bem como a aquisição de drones de vigilância e de atividades de reconhecimento.
As estruturas das penitenciárias também foram aprimoradas, com reforço de iluminação das unidades e nas estruturas das celas. O treinamento dos policiais penais federais também recebeu atenção, com a implantação e treinamento de novo plano de defesa da unidade de Mossoró.
Muralha com atraso
Na época do ocorrido, foi anunciada a construção de muralhas ao redor de todas as unidades federais, como as que existem na unidade de Brasília. Até o momento, somente a obra da muralha ao redor da Penitenciária em Mossoró foi iniciada, na última semana de janeiro.
A de Porto Velho seria a próxima, mas Mossoró ganhou prioridade.
O valor aproximado da obra é de R$ 37 milhões. A expectativa dada pela pasta na época da fuga era de que a conclusão da muralha seria feita em março de 2025.
No entanto, para uma construção do tipo, estima-se 8 a 12 meses necessários. O começo da obra atrasou e a unidade em Rondônia também não está pronta.
Após Mossoró e Porto Velho, muralhas também devem ser construídas em Campo Grande e Catanduvas (PR). Apenas a de Brasília, que abriga a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), tem muralha, sendo considerada a mais segura da América Latina.
Fuga do Comando Vermelho
A fuga de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça do Presídio de Mossoró na madrugada de 14 de fevereiro de 2024 foi a primeira registrada em uma penitenciária federal.
Eles conseguiram escapar após abrirem um buraco no espaço da luminária das celas em que eles estavam presos. Depois, subiram no telhado, cortaram o alambrado e correram para uma mata.
Os fugitivos foram recapturados após 51 dias de fuga pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A prisão aconteceu na cidade de Marabá, no interior do Pará.
Após a prisão, Deibson e Rogério foram devolvidos para o Presídio de Mossoró, mesmo local de onde fugiram e permanecem.