Após STF vetar reeleição, governo sonda Alcolumbre para assumir ministério
Na mesa, estaria a possibilidade de o presidente do Senado assumir a Secretaria de Governo ou o Ministério do Desenvolvimento Regional
Integrantes do governo Jair Bolsonaro sondaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para assumir algum ministério após o término de seu mandato no comando da Casa, em 1º de fevereiro.
A sondagem foi feita por um ministro durante uma conversa por telefone com o senador na manhã de segunda-feira (7), horas após o Supremo Tribunal Federal decidir vetar a reeleição de Alcolumbre.
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Na mesa, estaria a possibilidade de o presidente do Senado assumir a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, ou o Ministério do Desenvolvimento Regional.
Segundo aliados, o presidente do Senado “não deu muita atenção” à proposta. Naquele dia, Alcolumbre demonstrou muita irritação com a postura do governo em relação ao julgamento do STF sobre a reeleição.
Interlocutores do senador do DEM dizem que o que mais o irritou foi o fato do Planalto ter incentivado pressão nas redes sociais contra a reeleição e “comemorado” o resultado do julgamento no domingo (6).
Articulação
Sem poder tentar recondução, Alcolumbre intensificou as conversas para definir o nome do candidato que apoiará. Ainda na segunda-feira à noite, visitou apartamentos funcionais de vários senadores.
Nesta terça-feira (8), o presidente do Senado também se reuniu no Palácio do Planalto com Bolsonaro. Segundo apurou a coluna, o senador avisou que quer influenciar sua sucessão.
Alcolumbre pretende escolher um senador de perfil “independente”, que consiga dialogar com o governo e, ao mesmo tempo, defender a independência da Casa.
A lista de Alcolumbre
O presidente do Senado já tem, inclusive, uma lista com seus candidatos preferidos na disputa. O preferido hoje, dizem, é o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), atual 1º vice-presidente do Senado.
Também fazem parte dessa lista de preferidos os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Daniella Ribeiro (PP-PB).
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Embora não tenha colocado nomes do MDB em sua lista de favoritos, aliados do senador do DEM do Amapá dizem que ele pretende conversar com senadores do partido nos próximos dias.
Interlocutores de Alcolumbre dizem que o presidente do Senado pretende definir logo o nome que apoiará, para evitar uma fragmentação de candidaturas de parlamentares aliados.
