Após STF homologar delação de Ronni Lessa, bancada do PSOL se reúne com Lewandowski
Partido vai pedir ao ministro esforços para se chegar ao mandante da execução de Marielle
A bancada do PSOL no Congresso Nacional se reúne nesta quarta-feira (20), com o Ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski. O encontro deve ser às 16 horas, no prédio da pasta em Brasília (DF). O tema será as investigações sobre o caso Marielle Franco e Anderson Gomes que completou seis anos sem identificação do mandante.
Quando foi executada, em 2018, Marielle Franco era vereadora pelo PSOL. André Gomes era motorista da parlamentar.
Segundo o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), a bancada quer reforçar a importância da resolução do caso. Para o parlamentar, o anúncio de Lewandowski dá a esperança de que o caso será solucionado em breve.
“A minha interpretação é que quem matou contou quem mandou matar. E para ter a homologação do STF a suposição nossa é que há razoabilidade, provas para que isso seja confirmado a minha expectativa é que seja em poucos dias a finalização do caso. Em nome da Mari, do Anderson Gomes, dos ativistas e da democracia “, disse o deputado à CNN.
Já a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) disse que irá reforçar que as ameaças a parlamentares da legenda “seguem acontecendo”.
Caso Marielle e Anderson
Em um breve pronunciamento, Lewandowski anunciou na terça-feira (19) que foi homologada a delação de Ronnie Lessa , o ex-policial é apontado como autor dos disparos dos assassinatos.
Como adiantou a analista da CNN Basília Rodrigues, o ex-policial apontou quem o contratou para a execução. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) com a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A presidência do PSOL divulgou uma nota, após o pronunciamento do ministro da Justiça. O partido disse que o anúncio de Lewandowisk traz “esperança” para o desfecho.
Veja a nota completa
“Há seis anos o PSOL aguarda o desfecho das investigações e luta para saber quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes, bem como as motivações do crime. O anúncio de Ricardo Lewandowski nessa tarde nos dá esperanças de que, finalmente, estamos próximos do desfecho e do fim dessa agonia. É sempre importante lembrar que, na época do assassinato brutal, o Rio de Janeiro estava sob intervenção militar e que, durante os anos de governo Bolsonaro, nada foi feito para elucidar o caso – pelo contrário, o que vimos foi um evidente boicote às investigações. O PSOL quer a condenação de todos os envolvidos no crime. Seis anos é tempo demais”
Paula Coradi, presidente nacional do PSOL