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    Após Lula decretar GLO, ministros do Supremo veem Dino “preso” na Justiça

    Avaliação entre integrantes do Supremo é que crise na segurança no RJ trava para indicação de Dino

    O ministro da Justiça, Flávio Dino, durante audiência na CCJ da Câmara
    O ministro da Justiça, Flávio Dino, durante audiência na CCJ da Câmara Wilton Junior/Estadão Conteúdo

    Thais Arbex

    Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pela CNN em caráter reservado dizem que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos para conter o crime organizado deixa Flávio Dino “preso” no Ministério da Justiça.

    A medida, que dá poder de polícia às Forças Armadas nesses locais, terá início na próxima segunda-feira (6) e se estenderá até maio de 2024.

    Vídeo: Lula anuncia Garantia da Lei e da Ordem em portos e aeroportos do RJ e de SP

    A avaliação desses magistrados é que, na prática, a crise de segurança pública do Rio de Janeiro travou uma eventual indicação de Dino ao Supremo. O ministro, que já foi apontado como preferido para ocupar a cadeira deixada por Rosa Weber, viu seu favoritismo diminuir nos últimos dias.

    Os episódios recentes de violência no Estado fluminense, somados à relação conturbada de Dino com o Congresso, já vinham sendo tratados como um dos entraves para uma eventual mudança de posto do ministro.

    Para integrantes da Corte, a apresentação do plano de segurança nesta quarta-feira (1º) torna “difícil” uma saída de Dino do comando da Justiça neste momento. Por outro, avaliam, o ministro fica mais empoderado no comando da pasta.

    A avaliação é que, em determinada medida, Dino pode acabar não sendo indicado ao Supremo por competência para gerir o ministério.

    Pessoas próximas ao presidente Lula dizem que seria difícil encontrar um nome com a mesma estatura política do atual ministro para comandar a pasta da Justiça e Segurança Pública neste momento de crise.