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    Após impeachment de Witzel, Castro toma posse como governador do RJ; acompanhe

    Advogado e cantor de músicas católicas, Cláudio Castro é filiado ao PSC e assume o Palácio das Laranjeiras pouco mais de quatro anos após primeiro cargo eletivo

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) empossa agora (veja ao vivo acima) Cláudio Castro (PSC) como o novo governador do estado, com mandato até 31 de dezembro de 2022.

    A posse de Castro se dará menos de 24 horas após o Tribunal Especial Misto, formado por desembargadores e deputados estaduais, condenar o agora ex-governador Wilson Witzel (PSC) em processo de impeachment, baseado na suspeita de desvios em contratos públicos durante a pandemia da Covid-19.

    Com a condenação, Witzel perdeu o cargo de governador, para o qual foi eleito no pleito de 2018, e também teve decretada a perda dos seus direitos políticos por um período de cinco anos. A decisão foi unânime, 10 a 0, pela condenação e pela perda dos direitos, A única divergência foi na modulação da pena. Nove votos determinaram a condenação por cinco anos, enquanto o deputado estadual Alexandre Freitas (Novo) propôs quatro anos.

    Cláudio Castro já estava à frente do Palácio das Laranjeiras desde agosto de 2020, quando Witzel foi afastado do cargo por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Castro, eleito vice-governador na chapa de Witzel, assumiu interinamente, e agora será empossado em definitivo, por ser o primeiro na linha de sucessão.

    O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC)
    O novo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC)
    Foto: André Melo Andrade/Immagini/Estadão Conteúdo

    A sessão de posse será comandada pelo presidente da Alerj, o deputado estadual André Ceciliano (PT). Como Castro passa a governar sem um vice-governador, Ceciliano será o substituto em caso de necessidade de qualquer afastamento do novo titular.

    A sessão será semipresencial, com uso obrigatório de máscara. 

    Wilson Witzel e Cláudio Castro
    Wilson Witzel e Cláudio Castro ao centro, durante posse em 2019; na foto, entre Dom Orani Tempesta, Rodrigo Maia, André Ceciliano e Marcelo Crivella
    Foto: Thiago Lontra/Alerj

    O anúncio de Wilson Witzel, feito à CNN, de que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o impeachment não muda os ritos da posse de Cláudio Castro. Uma decisão liminar só poderia ser tomada após o governador ingressar com o processo, o que este disse que não faria imediatamente, mas sim em um prazo de até 15 dias.

    O novo governador

    Nascido em Santos e criado no Rio de Janeiro, Cláudio Bomfim de Castro e Silva, de 42 anos, é advogado de formação e cantor católico. Seu ingresso na vida pública se deu através de um parceiro da música religiosa, Márcio Pacheco (PSC).

    Então vereador do Rio de Janeiro, Pacheco nomeou Castro como seu chefe de gabinete em 2004, o levando à Alerj a partir de 2011, quando se tornou deputado estadual. Em 2012, Cláudio Castro tentou pela primeira vez um mandato próprio, mas não venceu a eleição para vereador na capital.

    Quatro anos depois, disputou o mesmo cargo. Desta vez, apesar de novamente não ter atingido o mínimo de votos para garantir a própria eleição, conquistou uma cadeira na Câmara Municipal impulsionado pela votação do vereador Carlos Bolsonaro, então no PSC e hoje no Republicanos, mais votado daquele pleito na cidade do Rio.

    Um ano e meio após tomar posse, vereador de primeiro mandato, Cláudio Castro foi escolhido para ser candidato a vice-governador na chapa de Wilson Witzel ao Palácio das Laranjeiras.

    Castro foi escalado para compor a chapa após o PSC não conseguir fechar alianças com outros partidos em torno do nome de Witzel, que no início da corrida eleitoral tinha desempenho tímido nas pesquisas.