Integrantes do governo veem gafes em discursos e Lula reforça equipe responsável por textos
Na situação mais recente, presidente agradeceu países africanos pelo que "foi produzido durante 350 anos de escravidão"
Após alguns episódios considerados infelizes por integrantes do próprio governo, a equipe responsável pelos discursos e falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reforçada.
Um dos nomes é o da jornalista Cristina Charão, que até então respondia pela assessoria de imprensa da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
Desde que tomou posse, o presidente tem dado declarações controversas que acirraram os ânimos de aliados e adversários, sobretudo na internet.
Em um dos casos, ligado à guerra da Ucrânia, gerou desconforto até mesmo entre representantes de outras nações.
Na época, Lula disse que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “quis a guerra”. Logo depois, precisou corrigir a declaração. Em entrevista coletiva quando visitava a Arábia Saudita, Lula atribuiu à Ucrânia, que foi invadida pela Rússia, responsabilidade pela guerra.
Antes, quando visitava a China, sugeriu que Estados Unidos e Europa contribuem para a continuidade da guerra.
No fim de junho, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, outro deslize foi mal visto pela comunidade internacional. Lula afirmou: “a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim”.
Na situação mais recente, durante visita a Cabo Verde nesta semana, Lula agradeceu aos países africanos “por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão”.
A fala gerou uma onda de críticas e ocorre num momento em que a presidente acumulava ganhos pelo discurso que fez na França.
Lula também cometeu uma gafe ao comentar o ataque a uma creche em Blumenau, em Santa Catarina. No discurso ele falou que pessoas que sofrem com deficiência intelectual têm “problema de desequilíbrio de parafuso”.