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    Após depoimentos de Paquetá e Deolane, CPI avaliará ouvir Gusttavo Lima e Luiz Henrique, do Botafogo

    Paquetá foi intimado nessa segunda-feira (14) em Brasília, no hotel em que a Seleção está hospedada para o jogo contra o Peru nesta terça (15)

    Daniel TrevorEmilly Behnkeda CNN , Brasília

    O presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), disse nesta terça-feira (15) que a comissão aguarda os depoimentos do jogador Lucas Paquetá e da influenciadora Deolane Bezerra para decidir sobre novas oitivas.

    A depender do depoimento do atleta, a comissão de inquérito poderá decidir sobre convocar outro jogador da Seleção Brasileira, o atacante do Botafogo Luiz Henrique. Já a oitiva de Deolane será decisiva para os senadores avaliarem a convocação do cantor Gusttavo Lima.

    O cantor sertanejo foi alvo da Justiça na mesma operação que prendeu Deolane. A “Operação Integration” apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro.

    “Dependendo do que o Paquetá falar, nós também vamos convocar o jogador Luiz Henrique, que a princípio, pelas informações chegadas até nós, o envolvimento dele foi puramente por inocência”, disse Kajuru em entrevista a jornalista no Senado.

    Segundo Kajuru, Paquetá recebeu a intimação na segunda-feira (14) em Brasília, no hotel em que a Seleção está hospedada para o jogo contra a seleção do Peru, marcado para esta terça. Antes, na quinta-feira (10), a comissão já havia enviado um ofício com a convocação para o jogador.

    O jogador do West Ham, da Inglaterra, prestará depoimento no dia 29 de outubro por videoconferência. Paquetá foi acusado pela The Football Association (FA) de ter provocado propositalmente o recebimento de cartões amarelos em quatro partidas da Premier League, a principal divisão do campeonato inglês.

    Alvo de investigação sobre crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, Deolane será ouvida no dia 30 de outubro. O dono da Esportes da Sorte, Darwin Filho, também deve prestar depoimento.

    Busca por “materialidade”

    De acordo com Kajuru, a comissão deve ter foco na “materialidade” das informações nos depoimentos para evitar acusações sem provas.

    “Daqui para frente a CPI vai buscar ter materialidade. Chega de depoimentos que joga palavra ao vento que às vezes, inclusive, denuncia pessoas inocentes sem nenhuma prova cabal e irrefutável”, declarou.

    Na reta final do prazo de funcionamento do colegiado, o senador afirmou que o grupo deverá ter três reuniões por semana, com cinco depoentes por reunião.

    A comissão foi instalada em 10 de abril e tem prazo de funcionamento até fevereiro de 2025, mas os trabalhos no Legislativo se encerram em 22 de dezembro para o recesso parlamentar.

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