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    Após decisão de Dino, comissão do Congresso rejeita recomposição para o Judiciário

    Parlamentares do grupo do Orçamento rejeitaram medida provisória que determinava crédito de R$ 1,3 bilhão nas verbas do Judiciário

    Rebeca BorgesLuciana Amaralda CNN , Brasília

    Após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a suspensão de emendas impositivas apresentadas pelo Congresso ao Orçamento, parlamentares rejeitaram a recomposição de verbas para o Judiciário.

    A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Mista de Orçamento, mas o resultado ainda precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado.

    Crédito extraordinário

    A medida analisada pela comissão buscava corrigir perdas do Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Públicos (CNMP).

    O texto previa a destinação de um crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para os órgãos, atendendo a uma decisão do Tribunal de Contas da União.

    “Incompatibilidade”

    Em seu parecer sobre a medida, o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) afirmou que o texto apresenta “incompatibilidade e inadequação orçamentária e financeira”.

    Parte do crédito destinada ao Judiciário já estaria empenhada. Portanto, a reação da comissão é vista como um ato político de retaliação à decisão de Dino.

    O ato do ministro determina a suspensão de todas as emendas impositivas apresentadas por congressistas ao orçamento da União até que sejam criadas regras de transparência e rastreabilidade dos recursos.

    Ficam de fora da suspensão os recursos destinados a obras já iniciadas e em andamento ou a ações para atendimento de calamidade pública formalmente declarada e reconhecida.

    Nesta quarta-feira (14), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a apreciação de propostas previstas para esta semana no plenário da Casa até que haja uma solução para o impasse sobre a suspensão das emendas parlamentares.

    Emendas impositivas

    As emendas impositivas são aquelas de execução obrigatória: as emendas individuais de transferência especial (“emendas Pix”), emendas individuais de transferência com finalidade definida e emendas de bancadas estaduais.

    Conforme a decisão, os poderes Legislativo e Executivo, “em diálogo institucional”, deverão regular os novos procedimentos de transparência e rastreabilidade das emendas.

    Na noite de terça-feira (13), Lira afirmou que decisões sobre emendas parlamentares não podem ser alteradas por atos monocráticos.

    A declaração foi feita após um jantar em homenagem ao deputado em evento do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.

    “Não podem mudar isso em um ato monocrático, por quaisquer que sejam os argumentos e razões, por mais que pareçam razoáveis”, disse Lira.

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