Após CPI do MST, nova frente parlamentar busca “manter aceso” combate às invasões de terra
Denominada de Frente Parlamentar Invasão Zero, a primeira iniciativa do bloco será pedir regime de urgência para a tramitação de sete projetos de lei que estão na Câmara e fecham o cerco contra ocupações


Na tentativa de manter a pressão contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), após uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que terminou sem a votação de seu relatório final, um grupo de aproximadamente 200 deputados e senadores lançará nesta terça-feira (24) a Frente Parlamentar Invasão Zero.
A primeira iniciativa do bloco será pedir regime de urgência para a tramitação de sete projetos de lei que tramitam na Câmara e fecham o cerco contra ocupações.
Entre outros pontos, os projetos impedem que invasores de propriedades rurais recebam benefícios sociais do governo ou estejam na lista de programas de reforma agrária, aumentam a pena por esbulho possessório (ocupação de um bem por meios violentos) e permitem ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para a retomada de terras.
“Queremos manter aceso o combate às invasões de terra”, disse à CNN o deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), que coordenará a nova frente. Ele presidiu a CPI do MST na Câmara.
De acordo com Zucco, com o fim dos trabalhos da comissão, já houve aumento de invasões ou ameaças de ocupação. Menciona, por exemplo, uma mobilização do MST nos últimos dias em Bagé (RS) e Hulha Negra (RS).
A frente terá Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, como primeiro vice-presidente. Parlamentares da bancada ruralista estão em peso no bloco.
Cada estado terá uma representação e uma liderança. Entre os coordenadores estaduais estão Rodolfo Nogueira (PL-MS), José Rocha (União-BA), Evair de Mello (PP-ES) e Lucas Redecker (PSDB-RS).