Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Após acusações de Bolsonaro, Barroso diz que ‘vida institucional não é palanque’

    No texto, Barroso diz que qualquer autoridade tem "o dever cívico e moral" de apresentar provas de fatos que coloquem em dúvida a segurança das eleições

    Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, fez coletiva para falar sobre as eleições municipais (15.nov.2020)
    Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, fez coletiva para falar sobre as eleições municipais (15.nov.2020) Foto: CNN Brasil

    Fernando Molicada CNN

    Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reiterar as acusações de fraude na apuração das eleições de 2018, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou nota em que afirma que “a vida institucional não é um palanque e as pessoas devem ser responsáveis pelo que falam”.

    No texto, Barroso diz que qualquer autoridade tem “o dever cívico e moral” de apresentar elemento “que coloque em dúvida a  integridade e a segurança do processo eleitoral”. Do contrário, “estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições”.

    A nota, que tem dez parágrafos, frisa que quatro presidentes e milhares de políticos foram eleitos com uso de urnas eletrônicas e que nunca “se apresentou perante o Tribunal Superior Eleitoral qualquer evidência ou mesmo indício de fraude”. Barroso afirma que, no Brasil, “fraude havia no tempo do voto em cédula”.

    Assista e leia também:

    Ministros do TSE defendem abertura de inquérito para apurar fala de Bolsonaro

    Barroso: se acionado, TSE examinará eventuais provas sobre fraude em 2018

    O documento ressalta que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a implementação do voto impresso por concluir que o mecanismo colocaria em risco o sigilo e a liberdade de voto, “além de importar em um custo adicional de quase R$ 2 bilhões, sem qualquer ganho relevante para a segurança da votação”.

    No último item da nota, Barroso diz que uma lição da história “é a de que governantes democráticos desejam ordem. Por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições.”