Apoio de Marta ao impeachment foi errado, mas momento exige união, diz Edinho Silva
À CNN, prefeito de Araraquara avaliou o cenário político que antecede às eleições municipais de 2024
Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (31), o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), avaliou o cenário político que antecede às eleições municipais de 2024 e a volta de Marta Suplicy ao PT para compor chapa na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Edinho considera que a aliança com Marta é um reflexo de momento que pede união, embora considere um erro o apoio da ex-petista ao impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
“Sabemos que o envolvimento da Marta foi errado, historicamente errado, historicamente equivocado, mas o que nós temos de desafio para superarmos, no próximo período histórico, tem que ser o fator da nossa junção, da nossa união”, afirmou.
Ninguém está dizendo aqui que o que a Marta fez em 2016 foi correto, ao se alinhar com as forças políticas que legitimaram o golpe de 2016 na presidente Dilma. O que nós estamos dizendo é o seguinte: os desafios de futuro são maiores do que qualquer balaço que a gente possa fazer.
Edinho Silva
A filiação de Marta ao Partido dos Trabalhadores está marcada a próxima sexta-feira (2), em um evento que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — principal articulador de seu retorno à sigla.
De volta ao PT, Marta deve ser anunciada como vice de Guilherme Boulos (PSOL-SP) na disputa municipal.
A decisão do partido de não ser cabeça de chapa em alguns municípios é um acerto, na avaliação do prefeito de Araraquara
“Eu penso que se o PT pensar ter uma concepção hegemonista, nós não vamos construir um campo político que seja capaz de isolar o bolsonarismo”, explicou.
Edinho afirmou também que, assim como nas eleições gerais de 2022, a polarização deve ser um fator importante neste ano.
“Por mais que tenha essa tendência de um voto pragmático, eu penso que nestas eleições de 2024 nós teremos um pano de fundo ainda marcado por esse momento da polarização no Brasil.”
*Publicado por Renata Souza, da CNN
