Apoiadores acatam Bolsonaro e cartazes contra STF perdem espaço em ato em SP
Dizeres perderam espaço, mas não desapareceram; houve manifestações pontuais contra a Suprema Corte
Comuns em manifestações de apoio a Jair Bolsonaro (PL) durante sua passagem pela Presidência, gritos e faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) perderam espaço no ato realizado neste domingo (25) na Avenida Paulista.
Em sua convocação para a manifestação dias antes, Bolsonaro pediu para que os presentes não levassem faixas ou cartazes “contra quem quer que seja”.
Os dizeres perderam espaço, mas não desapareceram. Houve manifestações pontuais contra a Suprema Corte. A camiseta de um dos presentes pedia a destituição de ministros, por exemplo.
Os ataques ao STF ficaram concentrados nas falas do pastor evangélico Silas Malafaia, organizador do evento.
“Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater a extrema-direita nem a extrema-esquerda. Ele é o guardião da Constituição”, afirmou Malafaia.
“Mas vou deixar aqui uma palavra: ‘Se eles te prenderem você vai sair de lá exaltado. Você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser pra sua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, continuou o pastor.
Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por suspeita de ter tentado dar um golpe de Estado.
Apoio a Israel
Se por um lado os cartazes contra o STF perderam espaço, por outro, ganharam força as bandeiras e dizeres em apoio a Israel, que desde o governo do ex-presidente marcam as manifestações pró-Bolsonaro.
Nas últimas semanas o presidente Lula foi alvo de críticas por colocações sobre o conflito entre Israel e Hamas — chegando a ser considerado persona non grata no país do Oriente Médio.
Com o assunto no centro da polarização política, o apoio a Israel esteve presente — além de em cartazes e bandeiras — nos discursos proferidos no trio elétrico do ato.