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    Ao acelerar escolha na Justiça, Lula esvazia expectativas sobre reforma ministerial

    Lula avaliava deixar Dino no cargo até o fim de janeiro, mas, segundo relatos feitos à CNN, foi aconselhado a evitar uma exposição excessiva do novo ministro do STF

    Clarissa OliveiraRaquel Landim

    O ainda ministro da Justiça, Flávio Dino, deve acertar nas próximas horas com o presidente Lula um cronograma para sua substituição no comando da pasta.

    Lula avaliava a possibilidade de deixar Dino no cargo até o fim de janeiro, mas, segundo relatos feitos à CNN, foi aconselhado por pessoas próximas a evitar uma exposição excessiva do novo ministro do Supremo Tribunal Federal.

    Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, Dino já adiantou que tomará posse no STF somente na segunda quinzena de fevereiro, provavelmente no dia 22. Até lá, afirmou, deve se iniciar um processo de transição na pasta.

    O ministro se disse favorável a que Lula defina o quanto antes o nome que comandará o Ministério da Justiça, para que tal transição se dê em caráter definitivo e não com um ministro interino.

    A notícia de que Lula pode antecipar a escolha do novo ministro da Justiça esvaziou de imediato no círculo próximo ao presidente as expectativas por uma reforma ministerial.

    As conversas sobre uma reformulação mais aprofundada da Esplanada já tinham esfriado nos últimos dias, com a decisão de Lula de manter Gleisi Hoffmann na presidência do PT até depois das eleições municipais.

    Na tarde de hoje, petistas próximos a Lula avaliavam nos bastidores que o mais provável agora é que as trocas na Esplanada fiquem para depois. Uma possível data é abril, período no qual o presidente poderia já aproveitar a temporada de desincompatibilização de ministros que pretendem deixar seus cargos para concorrer nas eleições.

    O martelo, entretanto, ainda não foi batido, disse à CNN um interlocutor do presidente. Lula teve algumas conversas a respeito do assunto no fim de semana e deve orientar os próximos passos na conversa de hoje com Flávio Dino.

    Embora o presidente tenha de fato cogitado manter Dino na Justiça até o fim de janeiro, interlocutores alertaram sobre o risco de uma exposição excessiva do futuro ministro do STF.

    No entorno do presidente, também houve o entendimento de que a espera acirraria a disputa pela pasta que Dino comanda atualmente e o fogo amigo entre aliados.

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