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    Antes de votação, Pacheco diz que PEC que limita poderes do STF é “muito aconselhável”

    Medida limita decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores

    Douglas Portoda CNN

    São Paulo

    A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) é muito aconselhável, disse o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (21). De acordo com o calendário especial aprovado pela Casa, a PEC será o primeiro item da pauta do plenário desta quarta-feira (22).

    “A PEC das decisões monocráticas é algo tecnicamente muito aconselhável porque significa dizer que uma lei votada nas duas Casas do Legislativo e sancionada pelo presidente da República pode ser declarada constitucional a partir do Supremo Tribunal Federal por sua força colegiada e não por uma decisão isolada de um ministro”, afirmou Pacheco.

    Então, eu considero algo adequado sobre o ponto de vista jurídico, sobre o ponto de vista político e para a preservação institucional da boa relação entre os Poderes

    Rodrigo Pacheco

    Para uma emenda à Constituição ser aprovada, é necessária a votação em dois turnos com o apoio mínimo de 49 senadores em cada um deles. Depois, o texto segue para a Câmara, onde também precisa ser votado em dois turnos.

    Segundo líderes ouvidos pela CNNa aprovação da matéria já é dada como certa, embora reconheçam que o texto não é unanimidade entre os senadores.

    Reação ao STF

    A PEC limita decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em outubro, em uma votação relâmpago.

    A proposta em tramitação no Senado prevê que magistrados da Corte não poderão, por exemplo, por meio de decisão individual, cassar atos dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara.

    A aprovação ocorreu em meio à escalada de tensão entre o STF e o Congresso, com decisões divergentes em pautas como o marco temporal para demarcação de territórios indígenas.

    Uma outra matéria em discussão entre os senadores fixa um tempo para o mandato de ministros do Supremo.

    Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que “mexer no Supremo” não parece ser um “capítulo prioritário nas transformações que o Brasil precisa”. Ele, porém, disse que enxerga com “naturalidade” que o Congresso debate a proposta.

    “Atacar as supremas cortes, mudar a forma de indicação de ministros, abreviar a permanência no cargo, interferir com seu funcionamento interno são opções políticas que não têm bons antecedentes democráticos. Tenho procurado chamar a atenção para esses pontos no debate público brasileiro”, disse.