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    Antes de deixar PSDB, Alckmin ampliou articulação com PSB

    Ex-governador de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (16) sua saída da legenda após 33 anos

    Caio Junqueira

    O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ampliou a articulação com o PSB na véspera de sua desfiliação do PSDB.

    Ele se reuniu na última terça-feira (14) com o presidente do PSB-SP, Márcio França, e com o deputado estadual Caio França na sede do diretório paulista da legenda, na Avenida Indianópolis, em São Paulo. França é um dos principais articuladores da operação para que Alckmin seja vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

    No encontro, porém, Alckmin negociou com ambos a filiação de um dos seus principais aliados no estado, Elissandro Lindoso, conhecido como Dr. Lindoso, candidato derrotado do Republicanos a prefeito de Osasco.

    Também sinalizou que se encontrará com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ainda neste mês. O encontro estava previsto para ocorrer nesta semana em Brasília, mas, como Siqueira irá a São Paulo, ambos irão se reunir na capital paulista, provavelmente na semana que vem.

    Os dois gestos —a operação política para atrair um aliado ao partido e a confirmação do encontro com o presidente nacional da legenda— foram considerados sinais de que ele tende hoje a migrar para a sigla.

    Em outra frente, o PT, cujo comando vê com bons olhos uma aliança com Alckmin, realiza nesta quinta-feira (16) uma reunião do seu diretório nacional para debater dois assuntos diretamente relacionados ao ex-governador paulista.

    Um deles, o mapeamento dos palanques estaduais de 2022. A ideia do PSB é que Alckmin se filie ao partido, vire vice de Lula e que o PT apoie seu nome para governador de São Paulo. Essa possibilidade estará no mapeamento, apesar da resistência da maior parte do partido, que defende a candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes.

    O outro assunto é diretamente correlato a esse: a formação de uma frente partidária do PT com PSB, PCdoB, PV, PSOL e Rede. Inovação para as eleições de 2022, a frente é na prática uma coligação para a eleição que transcende ao período eleitoral se a chapa sair vitoriosa. Para sua efetivação, porém, é necessária, dentre outros pontos, uma série de acordos regionais dos quais São Paulo, pela engenharia que vem sendo montada nas conversas entre PT e PSB, é parte fundamental.