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    Anielle vai à Justiça contra ameaças que recebeu após uso de avião da FAB

    Ataques começaram após a ministra utilizar avião da Força Aérea Brasileira para ir à final da Copa do Brasil

    Lucas Oliverda CNN , Brasília

    A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública na quinta-feira (28) para apurar ameaças e ataques de ódio dirigidos a ela durante o início da semana.

    No ofício, a ministra alega estar sofrendo graves ameaças à sua integridade física e ataques de ódio após a exoneração de sua assessora por postagens preconceituosas.

    VÍDEO – Oposição critica ministra Anielle Franco por uso de avião da FAB

    “É muito doloroso receber ameaças de morte e violência por ser uma mulher na política e perceber que desde a minha irmã, nada mudou. Essa investigação é importante para que possamos seguir com o nosso trabalho e a construção das políticas públicas para o povo brasileiro. É para isso que eu trabalho todos os dias”, afirma Anielle Franco.

    Segundo foi apontado pela assessoria do ministério, os crimes ocorreram, na sua maioria, entre os dias 26 e 28 de setembro de 2023, através das redes sociais e do e-mail institucional da pasta. Os textos dos ataques envolvem xingamentos, ameaças à vida, tentativas de intimidação, além de prática de racismo.

    Como medida, ela também pede proteção policial e escolta enquanto durarem as ameaças.

    No último domingo (24) Anielle viajou de Brasília a São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para acompanhar a final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, no Morumbi. O uso da aeronave gerou críticas nas redes sociais de parlamentares da oposição.

    De acordo com a ministra, a ida ao estádio foi para assinar uma ação do governo federal para combater o racismo no esporte.

    A polêmica se intensificou quando a assessora especial do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé, fez postagens em seu Instagram chamando a torcida do São Paulo de “branca, descendente de europeu safado”.

    Em outras postagens, Marcelle chamou a diretoria do Flamengo de “fascista” e ainda disse ser uma “morte horrível” entrar no estádio do Morumbi em um carro da Polícia Federal.

    Em nota, o Ministério da Igualdade Racial comunicou a demissão da servidora na quarta-feira (27) e disse que “as manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do ministério”.

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