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    Ana Moser chega com missão de construir a base do esporte e alto rendimento teme ficar de lado

    Primeira mulher da história a comandar a pasta, sua missão é fazer com que o esporte, que terá seu orçamento em 2023 aumentado, chegue na ponta e descubra talentos

    Larissa Rodriguesda CNN , Brasília

    A medalhista olímpica de vôlei, Ana Moser tomou posse do Ministério do Esporte nesta quarta-feira (4) com a promessa de formar uma base de atletas no país. Primeira mulher da história a comandar a pasta, sua missão é fazer com que o esporte, que terá seu orçamento em 2023 aumentado de iniciais R$ 190 bilhões para quase R$ 2 bilhões, chegue na ponta e descubra talentos.

    Nos últimos quatro anos, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o esporte virou uma secretaria especial, subordinada ao Ministério da Cidadania. Agora, de volta ao status de ministério, a pasta promete tornar o esporte mais acessível para a população.

    No entanto, apesar de a nova missão de Ana Moser ser elogiada por atletas de ponta, há um temor, segundo funcionários de carreira do Ministério do Esporte, que a verba seja focada nas categorias de base e o alto rendimento, ou seja, os atletas profissionais, fiquem de lado. Questionado sobre o assunto, a pasta negou.

    “A ministra entende que o conceito de nação esportiva aumenta a captação de talentos para o alto rendimento”, explicou o Ministério do Esporte. Mais cedo, ao assumir o cargo de forma oficial, a ministra falou sobre o assunto. “Se, como no Brasil, existe um esporte de rendimento muito maior o que o esporte acessível à população, isto é retrato da extrema desigualdade presente nesta sociedade. E isto precisa ser tratado com a prioridade e a amplitude que merece e é de direito”, completou.

    Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, mostrou-se otimista com o que disse a nova ministra nesta quarta. Segundo ele, a Secretaria Nacional do Paradesporto será dividida em duas áreas, uma para cuidar dos atletas profissionais e outra que pretende descobrir talentos pelo país, como também, fazer com que os investimentos cheguem nas pequenas cidades e não se acumulem apenas nos grandes centros.

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