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    Aliados falam em ‘paralisia’ de governo eleito para organizar base no Congresso e dar celeridade à PEC

    Senador Davi Alcolumbre afirmou que não há previsão de votar a PEC no colegiado e no plenário do Senado; nos bastidores, sinal de alerta é de é preciso agilizar a articulação para que a proposta não seja capturada

    Thais Arbex

    Integrantes da futura base do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm alertado membros da transição sobre o que chamam de “paralisia” em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que abre um espaço de quase R$ 200 bilhões no Orçamento do próximo ano fora do teto de gastos.

    Parlamentares que estão à frente das discussões disseram à CNN, em caráter reservado, que têm sentido falta de um articulador político com autoridade para conduzir as negociações da PEC no Congresso.

    Embora o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) sejam os responsáveis pelo diálogo com o Legislativo, a avaliação é que quase nada avançou desde que o texto foi entregue aos congressistas.

    Um dos sintomas da paralisia foi externado à CNN pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Na sexta-feira (18), o senador afirmou que não há previsão de votar a PEC no colegiado e no plenário do Senado. “Se não temos nem a PEC, quanto mais data para votação”, disse Alcolumbre à CNN.

    Nos bastidores, o recado público do presidente da CCJ foi lido como um sinal de alerta ao governo eleito —de que é preciso agilizar a articulação para que a proposta não seja capturada.

    Integrantes do chamado centrão já começaram a articular, por exemplo, embutir na PEC uma regra que obrigaria o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a pagar as emendas do orçamento secreto nos próximos anos. A ideia seria tornar constitucional o orçamento secreto.

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