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    Alexandre Silveira admite que existem divergências com Marina Silva

    Em Davos, ministro de Minas e Energia diz que há discordância sobre o tempo em que se dará a transição energética

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o Fórum Econômico de Davos
    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o Fórum Econômico de Davos 16/01/2023 - Divulgação/Ministério de Minas e Energia

    Priscila Yazbekda CNN

    Davos (Suíça)

    Em sua última conversa com jornalistas no Fórum Econômico Mundial em Davos, nesta quinta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu que há divergências em relação à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

    Na ausência de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ambos representaram a delegação brasileira no evento nos Alpes suíços ao longo desta semana.

    “Eu e a ministra Marina, nós temos, na maioria esmagadora das políticas, nós temos convergência”, disse Silveira.

    Quando questionado sobre os pontos em que não há convergência, o ministro admitiu que eles discordam sobre o tempo que o Brasil irá levar para abandonar os combustíveis fósseis.

    “O único ponto é a questão de em que tempo se dará a necessidade de nossa humanidade ficarmos livres dos combustíveis fósseis. O ministro de Minas e Energia entende a importância de se ficar livre para poder combater o aquecimento global”, afirmou o ministro.

    Posições distintas

    Durante o fórum, Marina Silva defendeu fortemente a necessidade de o Brasil avançar na transição energética o quanto antes, abandonando fontes de combustíveis fósseis. Ainda que Marina tenha mencionado que o avanço na questão ambiental deve levar em consideração a questão social.

    Já Silveira, apesar da extensa defesa da transição e da agenda verde no fórum, sempre ponderou com mais ênfase que é preciso pensar nas empresas e na economia ao fazer os investimentos para fontes de energia limpas. Ele chegou inclusive a criticar que os subsídios dados a empresas de energia renovável, defendendo que é necessário fazer uma revisão geral do setor elétrico.

    “O Brasil faz o seu dever de casa com louvor. Nós precisamos discutir com o mundo de forma altiva, de cabeça erguida. Temos autoridade para isso, como que isso será monetizado a favor dos países do Sul global, em especial do Brasil, que pagou caro para poder ter 88% de energia elétrica, limpa e renovável”, disse Silveira.