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    Alckmin diz ser “uma honra” apoiar Tabata Amaral na eleição para a prefeitura de SP

    Vice-presidente minimizou possível conflito com Lula pelo fato do presidente apoiar a candidatura de Guilherme Boulos

    Maria Clara Matosda CNN*

    São Paulo

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin disse, após uma reunião do PSB em São Paulo, que “será uma honra” apoiar a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) para a prefeitura da capital paulista.

    Alckmin negou que a reunião, realizada nessa sexta-feira (19), com Tabata tenha sido sobre as eleições municipais. O vice-presidente e a deputada participaram da gravação de um podcast sobre o projeto de lei da deputada sancionado há quatro dias pelo presidente Lula, o PL 54/2021. A lei tem como objetivo acabar com a evasão escolar por meio de incentivo financeiro para estudantes que concluam o ensino médio.

    Ao ser questionado se apoiaria a candidatura da deputada para a prefeitura de São Paulo, Alckmin concordou. “Será uma honra. Jovem, precisamos trazer jovens para a vida política. O futuro começa hoje e ele se chama juventude”.

    Alckmin também listou que a vida pública brasileira precisa de mais mulheres, e sinalizou que Tabata Amaral estaria preparada para assumir o cargo de prefeita da cidade. “Preparadíssima, formada em Harvard, reeleita deputada federal, de família humilde, muito simples da Zona Sul de São Paulo. Eu ficaria muito feliz com ela sendo candidata e eu modestamente ajudá-la”, disse.

    Sobre o apoio, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ainda acrescentou que “essas coisas não decidem. Ninguém vai votar em alguém pelo apoio. Ou você cria uma empatia, uma confiança com o eleitor, ou… mas ajuda a recomendação”.

    Na outra ponta, o PT de Lula apoia Guilherme Boulos (PSOL-SP) e trabalha para Marta ser oficializada como candidata a vice na corrida para a prefeitura de SP. Perguntado se isso seria motivo de conflito, Alckmin apaziguou: “Acho que todo mundo quer o bem comum, os caminhos são diferentes. Então não há razão para ter briga”.

    “É natural que os partidos, no primeiro turno, tenham candidatos e coloquem à disposição do eleitorado, da população. Depois, no segundo turno, verificam quem chegou lá”, concluiu.

    Quando indagado sobre uma possível comparação entre a aliança de Boulos e Marta Suplicy e a sua com o presidente Lula, o ex-governador dispensou que haja alguma semelhança entre os casos. “Eu não tenho nada contra a Marta, aliás até gosto dela. Ela foi prefeita, eu fui governador, trabalhamos juntos. Mas são situações diferentes. Uma coisa é o campo municipal, outra coisa é âmbito nacional. São histórias políticas diferentes”, finalizou.

    Nas redes sociais, Tabata disse ser “uma honra aprender com Geraldo Alckmin, alguém que conhece os dilemas de São Paulo e do Brasil”.

    *Sob supervisão de André Rigue