Alckmin coordena transição porque “não disputa vaga de ministro”, diz Lula
Presidente eleito também disse que a comissão de transição não decide nada e que sua função é fazer um “levantamento” da situação no país
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (10), em Brasília, que colocou Geraldo Alckmin (PSB) como coordenador da equipe de transição justamente porque o vice-presidente “não disputa vaga de ministro”. A fala ocorreu na primeira visita de Lula ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição.
Em meio a especulações envolvendo os nomes que comandarão os ministérios no futuro governo, Lula descartou, portanto, ter o próprio Alckmin como ministro – mesmo sendo o suplente número 1 da Presidência, não há qualquer restrição que impeça ao vice assumir uma pasta.
Ao mesmo tempo, o petista disse que aqueles que estão compondo a equipe de transição não necessariamente serão ministros no próximo governo.
“Eu fiz questão de primeiro de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque ele é vice-presidente da República. Qualquer outro que eu colocar ‘ah, esse cara é coordenador e vai ser ministro’”, disse Lula.
“Não, eu tenho pedido a todo mundo que, quando convidar alguém para participar da comissão de transição, dizer o seguinte: não será ministro quem está na transição. Pode ser e pode não ser, mas ninguém que fique trabalhando pensando ‘ah, eu vou ser ministro porque fui escolhido para comissão de transição’, completou.
Na abertura da fala, o presidente eleito também disse que a comissão de transição “não decide nada” e que sua função é fazer um “levantamento” da situação no país.
“O que a comissão de transição vai fazer é como se fosse uma máquina de ressonância magnética. Ou seja, ela vai fazer um levantamento da situação do país e, a partir dessa situação, nós vamos discutir e vamos tomar algumas decisões para começar o processo de mudança no nosso país”, afirmou.
*Publicado por Marcelo Tuvuca, com informações de Thais Magalhães, da CNN