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    Ala do MDB quer travar votação sobre Orçamento e enfraquecer Alcolumbre

    O movimento é encabeçado pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM)

    Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL, à esquerda na foto) e Eduardo Braga (MDB-AM) (2.out.2019)
    Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL, à esquerda na foto) e Eduardo Braga (MDB-AM) (2.out.2019) Photo: Pedro França/Agência Senado

    Larissa Rodrigues e Bárbara Baião Da CNN Brasil, em Brasília

    Em um movimento para enfraquecer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma ala do MDB do Senado tem articulado a obstrução da votação dos três projetos de lei que alteram a execução do orçamento de 2020. A discussão das matérias está prevista para começar na próxima terça-feira, na Comissão Mista do Orçamento. Os emedebistas têm o apoio do Muda Senado, movimento que reúne cerca de 20 parlamentares.

    Na prática, a eventual aprovação dos projetos torna impositiva a execução não só das emendas individuais e de bancadas, mas também de comissões permanentes e do relator do Orçamento, o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE). 

    O movimento emedebista é encabeçado pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), que já sinalizaram a interlocutores insatisfação com a possibilidade de um único deputado, de um partido por eles considerado “menor”, concentrar emendas estimadas em R$ 17 bilhões. 

    Nos bastidores, os dois emedebistas têm atuado para tentar um acordo com a Câmara para dividir o montante entre as duas Casas. Além disso, o alinhamento de parte do MDB com o movimento independente de senadores já tem como pano de fundo a disputa à presidência do Senado, no ano que vem.

    Em caráter reservado, senadores relataram à CNN Brasil que Alcolumbre tem intenção de ser eleito para um novo mandato no cargo. Para isso, estuda fazer a mudança via PEC (Proposta de Emenda à Constituição). 

    Na quarta-feira (4), após idas e vindas, o Congresso Nacional manteve o veto a um projeto de lei sancionado no fim do ano passado que aumentava o poder dos parlamentares para indicar emendas, totalizando R$ 30 bilhões. Em contrapartida, o Palácio do Planalto mandou os projetos de lei, a serem votados na semana que vem, e devolverá ao menos metade desse montante aos parlamentares.