AGU comunica STF que deixará de representar Bolsonaro em inquérito sobre interferência na PF
Nos documentos enviados à Corte, a AGU disse que o gabinete do advogado-geral da União foi informado que o ex-presidente constituiu advogado particular para a sua defesa
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (11) que vai deixar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura se ele interferiu na Polícia Federal (PF) e em acusações da CPI da Covid contra o ex-mandatário.
Nos documentos enviados à Corte, a AGU disse que o gabinete do advogado-geral da União foi informado que o ex-presidente constituiu advogado particular para a sua defesa.
“Nos termos da legislação vigente, há incompatibilidade entre a representação pela AGU e a representação por advogado privado. Dessa forma, comunica-se a revogação da representação do ora réu”, afirmou a AGU nos documentos.
Questionada pela CNN sobre a defesa da AGU nos demais inquéritos que envolvem o ex-presidente, o órgão afirmou que, ao todo, não representará Bolsonaro em 20 ações que tramitam na Corte.
A AGU informou que poderia continuar representando o ex-presidente, mas, como ele optou por defesa particular, a AGU não pode continuar.
O ex-presidente recebeu alta nesta terça-feira (10) do hospital em que estava internado em Orlando, nos Estados Unidos. Ele deixou o local no final da tarde, conforme interlocutores.
Bolsonaro foi internado com “dores abdominais” na segunda-feira (9). Ele havia sentido um desconforto na noite anterior. Ainda na segunda, o ex-presidente disse à CNN que pretendia antecipar a volta ao Brasil.