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    Advogados pedem acesso a laudo sobre dados encontrados em nuvem do celular de Anderson Torres

    Defesa do ex-ministro de Bolsonaro afirma que podem existir “memes de conotação golpista” ou mensagens contra o atual governo, mas nega disseminação de conteúdo antidemocrático

    Lucas Mendesda CNN , em Brasília

    A defesa do ex-ministro Anderson Torres pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso a laudo ou relatório da Polícia Federal (PF) com dados extraídos do celular do cliente a partir de arquivos salvos em “nuvem”.

    O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os atos de 8 de janeiro, da qual Torres é um dos alvos. Ele era secretário de segurança pública do Distrito Federal no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes.

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    Conforme os advogados Eumar Novacki e Edson Smaniotto, o acesso a essas informações é “imprescindível” para a ampla defesa de Torres e para assegurar o direito de ter à disposição todos os elementos de provas da investigação.

    Os advogados também disseram que pode existir no material “memes de conotação golpista” ou mensagens contra o atual governo, mas que esses conteúdos teriam sido recebidos “de diversos remetentes”.

    “A defesa não negligencia o fato de que, ao fornecer as senhas de acesso à nuvem do telefone celular, poderiam existir mensagens contrárias ao governo atual, memes de conotação ‘golpista’ ou que questionam a segurança das urnas eletrônicas, recebidos de diversos remetentes ou grupos do WhatsApp”, afirmaram.

    “No entanto, reafirma o Peticionante, que nunca criou nem disseminou quaisquer mensagens de natureza antidemocrática, nem, tampouco compactua com este tipo de conduta”.

    Os investigadores conseguiram acessar o material em maio, após pagamento do provedor que mantinha os dados. Conforme mostrou a CNN, a falta de pagamento impediu em um primeiro momento o acesso ao material.

    Anderson Torres foi preso em 14 de janeiro por ordem de Moraes após desembarcar no aeroporto de Brasília voltando dos Estados Unidos.

    Ele é investigado por suposta omissão envolvendo os atos de 8 de janeiro.

    O ex-ministro e ex-secretário foi solto no começo de maio. Moraes determinou que ele use tornozeleira eletrônica, não saia do Distrito Federal e permaneça em sua casa no período noturno e durante os finais de semana.

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