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    Acordo tentado por Lira prevê entrega de 2 das 6 vagas da mesa a grupo de Baleia

    O entendimento seria uma alternativa à decisão de partidos do grupo de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do novo presidente da Câmara

    Fernando Molicada CNN



     

    Um acordo que está sendo costurado na tarde desta terça-feira (2) prevê a entrega de duas, entre seis vagas na mesa da Câmara, para o grupo que apoiou Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Casa. O bloco ainda teria direito a duas das quatro suplências.

    O entendimento seria uma alternativa à decisão de partidos do grupo de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, em seu primeiro ato no cargo, anulou o registro do bloco de Baleia.

     

    Baleia Rossi Arthur Lira
    Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados

    Ao justificar a medida, Lira ressaltou que a inscrição do grupo adversário ocorreu depois das 12h de segunda-feira (1º), fora, portanto, do prazo que havia sido determinado para a formalização dos blocos.

    Caso a medida não tivesse sido tomada por Lira, o grupo derrotado na disputa pela presidência teria direito a cinco cargos na mesa – três titulares e duas suplências. A divisão de lugares é feita com base no número de deputados de cada bloco ou bancada.

    Pela proposta de acordo, uma das duas vagas efetivas caberia ao PT, dono da maior bancada, e outra, possivelmente, ao PSDB. O grupo de Lira se comprometeria também a não lançar candidatos avulsos para a disputa das duas suplências.

    Por este critério, o DEM não ficaria com qualquer cargo – o partido, que não aderiu a nenhum bloco, teria direito, pela divisão feita ontem, a uma suplência por conta do tamanho de sua bancada.

    Ainda há resistências ao entendimento por parte de integrantes do grupo de Baleia. Eles dizem que o registro só ocorreu fora de hora por conta de problemas no sistema da Câmara, e também que a escolha para os integrantes da mesa já foi feita e não poderia ser anulada – na Casa, só há uma eleição, os deputados votam para os ocupantes de todos os cargos ao mesmo tempo (no Senado, há quatro votações, para presidente, vice-presidentes, secretários e suplentes).

    Em nota divulgada na madrugada de hoje, líderes de nove partidos do bloco de Baleia afirmaram que Lira mudou as regras da eleição depois que ela ocorreu.

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