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    “Acordamos ocupados em manter nossas funções e garantir instituições democráticas”, diz Cármen Lúcia

    Presidente do Tribunal Superior Eleitoral participa de sessão plenária nesta quinta-feira (14)

    Da CNN

    A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou em sessão plenária na manhã desta quinta-feira (14) que, apesar de o Brasil ter ido “dormir preocupado” com as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o dever agora é manter as funções e garantir a continuidade das instituições democráticas.

    “Às vésperas da data da Proclamação da República, que será amanhã 15 de novembro, o Brasil foi dormir preocupado com os acontecimentos que tiveram lugar especialmente na Praça dos Três Poderes e nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF), um ato grave de tentativa de uma pessoa acercar-se daquele lugar, como foi amplamente divulgado”, começou a ministra.

    “O Brasil foi dormir preocupado, nós cidadãs e cidadãos brasileiros, acordamos ocupados em manter as nossas funções para garantia de continuidade estável, segura e contínua das instituições democráticas”, continuou.

    “A nós, servidores e servidoras, especialmente da Justiça, constitucional e eleitoral, compete dar continuidade das nossas funções para preservação da necessária democracia brasileira, que não se abala diante de qualquer ato que possa eventualmente atentar ou buscar atentar contra pessoas, instituições ou funções democráticas.”

    Cármen Lúcia também afirmou que as instituições continuarão seus trabalhos “com a mesma tranquilidade, destemor e comprometimento com a democracia brasileira”, e que “graves acontecimentos não comprometem o que é muito mais sério” para o sustendo da democracia, além de ter reforçado que toda a ação será devidamente investigada.

    Após a fala, a ministra declarou a abertura da sessão ordinária jurisdicional no TSE. Depois da leitura e aprovação da ata da sessão anterior, o ministro André Mendonça foi convocado a falar sobre um agravo regimental em recurso especial eleitoral, que foi posteriormente negado. Outros processos ainda foram analisados por meio de julgamento em lista.

    Antes do encerramento da sessão, a presidente do TSE voltou a falar brevemente sobre o atentado da noite anterior.

    “Eu reitero o que disse inicialmente, amanhã dia da Proclamação da República, dia 15 de novembro, nós esperamos que a República deste estado democrático brasileiro acorde em paz e ciente de que eventuais atentados e qualquer tipo de contestação feita à democracia não prevalecem”, reforçou Cármen Lúcia, que também afirmou que “as instituições continuam a cumprir a sua função e a se ocupar para que cada vez mais contra o vírus da antidemocracia nós tenhamos o remédio de mais democracia”. Em seguida, a sessão foi encerrada.

    O que sabemos sobre o atentado até agora

    Duas fortes explosões foram ouvidas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13). No momento, era encerrada a sessão do STF. A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) também confirmou a explosão de um carro, pertencente a Francisco, no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.

    Conforme apurado pela CNN, o homem se chamava Francisco Wanderley Luiz, mas era popularmente conhecido como Tiü França. Ele foi candidato a vereador pelo PL no município de Rio do Sul, em Santa Catarina, em 2020, mas não foi eleito. Francisco também já havia sido preso em dezembro de 2012, pelo crime de contravenção.

    Segundo informações do porta-voz da PM-DF, Major Rafael Broocke, havia vários explosivos no local. Não se sabe até agora, no entanto, a quantidade exata de dispositivos que foram detonados e o tipo dos artefatos ainda são desconhecidos.

    As autoridades permaneceram durante toda a noite realizando uma operação de varredura antibombas no local. A polícia também atuou para desativar artefatos plugados no corpo do indivíduo, que permaneceu no local do suposto atentado até a manhã de quinta.

    Após as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo — que permite a atuação do Exército nos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto sem uma operação formal de Garantia da Lei e da Ordem.

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