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    Acho difícil alcançar déficit zero, diz relator da LDO à CNN

    Para o deputado Danilo Forte, mesmo com o esforço para a votação de matérias econômicas, meta fiscal não deve ser concretizada em um "curto espaço de tempo"

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, disse, nesta segunda-feira (18), em entrevista à CNN, que acha muito difícil alcançar o déficit zero nas contas públicas em 2024.

    A LDO, que define o funcionamento do Orçamento para o próximo ano, deve ser votada no Congresso Nacional nesta terça-feira (19).

    “Acho muito difícil de ser executada e ser alcançada. Foi por isso que fiz questão de remeter tanto à lei de responsabilidade fiscal, quanto à lei do arcabouço fiscal, a possibilidade do contingenciamento ou da revisão da meta fiscal. Isso é papel do Executivo definir isso, a prerrogativa é do Executivo”, disse Forte.

    “Acredito que logo no primeiro trimestre a realidade vai chegar, mesmo com todo o esforço que foi feito agora no final do ano para votar as matérias do Ministério da Fazenda, para ampliar o espaço da arrecadação, mesmo assim eu acho muito difícil que ela se concretize em tão curto espaço de tempo”, prosseguiu.

     

    Em 1º de dezembro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, explicou que o governo federal irá perseguir a meta de déficit zero.

    “Essa trajetória de queda no déficit primário no país, nós vamos continuar perseguindo e vamos perseguir a meta do déficit primário zero no próximo ano”, declarou.

    A fala aconteceu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer, em outubro, que o governo não deve conseguir cumprir a medida.

    “Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para esse país”, afirmou Lula na ocasião.

    “Eu sei da disposição do Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição. Quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras. Se o Brasil tiver um déficit de 0,5% o que é? De 0,25%, o que é? Nada”, completou.

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