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    Abin paralela: Servidores de carreira defendem “modernização” da agência para evitar novas crises

    Associação que representa os profissionais do órgão destaca que acusados de integrar esquema ilegal de espionagem são “pessoas externas inseridas para atuar de forma não republicana”

    Patrícia Nadirda CNN , Brasília

    A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou, nesta quinta-feira (11), que as investigações sobre espionagem ilegal realizada com sistemas da agência mostra a necessidade de “modernização” na legislação do órgão, o que, segundo a entidade, poderia evitar novas crises.

    De acordo com a instituição, enquanto a modernização da agência não acontecer, “crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de inteligência”.

    Em nota, a Intelis afirmou que os acusados de integrar a chamada “Abin Paralela” retratam “pessoas externas às carreiras de inteligência inseridas no órgão para atuar de forma não republicana” à época do governo Jair Bolsonaro.

    Pela manhã, a PF deflagrou uma nova fase da investigação que apura a existência de um esquema de espionagem ilegal dentro da agência. Os policiais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão.

    O objetivo da operação é investigar uma organização criminosa responsável por monitorar autoridades públicas de forma ilegal e produzir notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.

    Leia a baixo a integra da nota da Intelis, instituição que representa servidores de carreira da Abin:

    Nota Intelis

    A quarta fase da “Operação Última Milha” deflagrada hoje confirma, mais uma vez, o que a Intelis tem repetidamente destacado para a sociedade brasileira: apesar de erroneamente vincularem o nome da Abin a uma estrutura paralela ao Estado, o que os fatos revelam são pessoas externas às carreiras de Inteligência inseridas no órgão para atuar de forma
    não republicana.

    Lamentamos profundamente a repetição cíclica de episódios que sujam a imagem do fundamental aparato de Inteligência de Estado por agentes externos, que depois saem de seus cargos e deixam os ônus de suas ações para os servidores orgânicos. Esperamos que os responsáveis paguem por seus desvios.

    A Abin fará 25 anos em dezembro deste ano e, enquanto a sociedade e seus representantes não se debruçarem sobre as necessárias legislações de modernização do órgão, as crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de Inteligência republicano do Brasil. Esperamos que não seja desperdiçada mais uma oportunidade para modernização e valorização dos servidores de Inteligência de Estado em prol da nossa Democracia.

     

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