Abin Paralela: PF prende último acusado da operação realizada nesta quinta (11)
Influenciador digital foi preso em São Paulo; outros quatro acusados haviam sido capturados pela manhã
A Polícia Federal (PF) prendeu o influenciador digital Rogério Beraldo de Almeida, acusado de disseminação de informações falsas (fake news) e criação de perfis fakes. Ele foi preso nesta quinta-feira (11) em São Paulo, às 16h.
A PF cumpriu, nesta quinta-feira (11), cinco mandados de prisão contra ex-servidores cedidos para Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e influenciadores digitais que teriam atuado no chamado “gabinete do ódio”, na quarta fase operação de espionagem na instituição, chamada de Operação Última Milha.
O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável por monitorar autoridades públicas de forma ilegal e produzir notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.
Almeida foi acusado de integrar o núcleo “vetor de propagação”. Segundo a PF, ele era responsável disseminar notícias nas redes sociais.
De acordo com o relatório da PF, um dos perfis administrados pelo acusado “figura em fontes abertas como responsável pela propagação de Fake News”.
“Os ‘Modus Operandi’ do perfil e as informações corroboram ser, em verdade, mero vetor de propagação de informações falsas produzidas por servidores da estrutura paralela da Abin”, consta no documento que fundamentou a operação.
Veja abaixo a lista dos acusados que sofreram mandados de prisão e busca e apreensão na operação desta quinta-feira:
Mandados de prisão e de busca e apreensão:
- Mateus de Carvalho Sposito – ex-assessor da Secom.
- Richards Dyer Pozzer – empresário.
- Marcelo Araújo Bormevet – agente da PF.
- Giancarlo Gomes Rodrigues – militar do Exército.
- Rogério Beraldo de Almeida – influenciador digital.
Mandados de buscas e apreensão:
- José Matheus Sales Gomes;
- Daniel Ribeiro Lemos;
A CNN procurou a defesa dos presos, do deputado Ramagem e da atual direção da Abin.
A defesa Richards Dyer Pozzer disse que ele se trata de “um senhor, um cidadão comum, engenheiro, casado, pai de família, um mero curioso, que em suas horas vagas, realizava pesquisas em portais de transparência, sobre atividades de pessoas públicas, através de informações públicas, exercendo o direito de cidadania na fiscalização do serviço público, moralidade e probidade da administração pública”. “Um verdadeiro preso político, acusado por exercer seu papel como cidadão na democracia”.
Os demais envolvidos ainda não deram retorno.