Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Abin paralela”: deputado decide demitir assessor preso suspeito de divulgar informações falsas

    Pedro Jr. determinou a exoneração da Daniel Ribeiro Lemos, alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (10)

    Emilly Behnkeda CNN , Brasília

    O deputado federal Pedro Jr. (PL-TO) decidiu nesta quinta-feira (10) demitir Daniel Ribeiro Lemos, que estava lotado em seu gabinete. O assessor parlamentar foi preso em operação da Polícia Federal que investiga o uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar autoridades durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Assim que tomei conhecimento do ocorrido, determinei a imediata exoneração do Sr. Daniel Ribeiro Lemos, a fim de assegurar a isenção necessária para que ele possa responder às acusações que lhe foram imputadas. Acredito na importância de um processo justo e transparente, onde todos têm o direito de defesa e o dever de cumprir a lei”, afirmou o deputado em nota divulgada nesta tarde.

    Ele também afirmou que viu o caso com “grande preocupação e seriedade”. O parlamentar reafirmou seu “compromisso com a ética e a legalidade” em suas ações e nas daqueles que “colaboram” com o seu mandato. O deputado é suplente e assumiu o cargo na Câmara dos Deputados em junho deste ano.

    “Reitero que não compactuo com qualquer tipo de irregularidade, desvio de conduta, nem com a propagação de fake news ou desinformação”, disse na nota.

    A PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão em dois endereços do assessor, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme a CNN mostrou, para investigadores envolvidos, o assessor atuou como “ponte” entre os “vetores de propagação de desinformação” e o “núcleo-estrutura paralela”, sendo a principal célula atuante na Presidência da República.

    O inquérito aponta que ele teria atuado como “influenciador digital” e estava lotado no Palácio do Planalto na época da “Abin paralela”.

    Leia a íntegra da nota do deputado Pedro Jr. sobre o caso:

    Em relação à prisão do assessor Daniel Ribeiro Lemos, venho a público manifestar minha posição de forma clara e transparente.

    É com grande preocupação e seriedade que recebi a notícia da prisão do Sr. Daniel Ribeiro Lemos, que atuava como assessor em meu gabinete. Diante desse fato, reafirmo meu compromisso com a ética e a legalidade em todas as minhas ações e nas ações de todos aqueles que colaboram com o meu mandato.

    Assim que tomei conhecimento do ocorrido, determinei a imediata exoneração do Sr. Daniel Ribeiro Lemos, a fim de assegurar a isenção necessária para que ele possa responda às acusações que lhe foram imputadas. Acredito na importância de um processo justo e transparente, onde todos têm o direito de defesa e o dever de cumprir a lei.

    Reitero que não compactuo com qualquer tipo de irregularidade, desvio de conduta, nem com a propagação de fake news ou desinformação. O meu mandato sempre foi pautado pela integridade e pelo respeito à confiança depositada em mim pela população tocantinense. Continuarei a trabalhar incansavelmente para representar os interesses do povo do Tocantins e para contribuir com o desenvolvimento de nosso estado.

    Agradeço a compreensão de todos e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos.

    Investigação avança

    Como a CNN mostrou, na semana passada, novos depoimentos foram tomados relacionados à investigação. Ex-ministro do governo Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz prestou depoimento durante 45 minutos em Brasília.

    O general foi chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro e foi ouvido como testemunha. Os investigadores questionaram o ex-ministro sobre a suposta estrutura montada no Palácio do Planalto para monitorar adversários políticos do então governo e disseminar desinformação.

    A PF também quis saber se o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que é investigado no inquérito, comandava a chamada “Abin paralela”. O filho do ex-presidente nega. A reportagem apurou que o general respondeu a todos os questionamentos e colaborou com a investigação.

    A expectativa da PF é que, com esse e outros depoimentos que serão colhidos ao longo do mês, possa reunir os elementos finais para concluir a investigação.

    PSD é o partido com maior taxa de sucesso na eleição para prefeituras

    Tópicos