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    À PGR, Guedes nega que política econômica tenha beneficiado offshore

    De acordo com o ministro, não houve nenhum benefício com a offshore desde 2014; caso foi revelado pelos chamados Pandora Papers

    Caio Junqueira

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em documento encaminhado à Procuradoria-Geral da República na tarde desta quarta-feira (6) que desde janeiro de 2019, quando assumiu a pasta, não houve qualquer remessa de valores para a sua empresa offshore e nem da empresa para o Brasil.

    Isso, de acordo com o ministro, demonstraria que não houve nenhum benefício com a offshore desde 2014, quando a empresa foi criada. Guedes cita expressamente, segundo fontes do governo, que a offshore nunca se beneficiou das políticas econômicas do Brasil.

    Um outro elemento central nos seus esclarecimentos é o de que em dezembro de 2018 o ministro já havia se afastado da gestão da empresa e portanto não tomou nenhuma decisão de investimento realizado pela offshore.

    Em linhas gerais, ele reiterou com maior detalhamento, segundo fontes do governo, o que vem dizendo desde que o caso veio à tona.

    Guedes também afirma que quando assumiu o ministério declarou a existência da empresa em sua Declaração Confidencial de Informações (DCI) feita a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

    O ministro da Economia incluiu no documento uma decisão da própria comissão referente a um questionamento feito por um parlamentar que apontou haver conflito de interesses entre seu cargo e seus negócios. E ele cita que na ocasião a comissão entendeu que deveria haver nos autos a comprovação de que Guedes teria tentado obter vantagem indevida por meio de atos especificados.

    A linha de defesa de Guedes é semelhante à apresentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Netos. Ambos inclusive são defendidos pelos mesmos advogados, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

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