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    A pedido de Flávio Bolsonaro, promotora do caso das rachadinhas será investigada

    Patrícia do Couto Villela chefiou as investigações sobre o suposto esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio, quando este era deputado estadual

    Iuri Corsini e Fernando Molica, da CNN, no Rio de Janeiro 

    Atendendo a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu sindicância contra a promotora Patrícia do Couto Villela, no intuito de apurar possíveis infrações e “até mesmo possíveis crimes de abuso de autoridade” cometidos por ela. Patrícia chefiou as investigações sobre o suposto esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio, quando este era deputado estadual.

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    O senador Flávio Bolsonaro
    O senador Flávio Bolsonaro
    Foto: Adriano Machado/Reuters (20.mar.2019)

    O processo disciplinar foi instaurado na tarde de ontem (05) e, segundo o CNMP, a coordenadora do GAECC (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) do Ministério Público do Rio “foi apontada pelo senador  como suspeita de ter vazado informações sigilosas sobre o esquema de “rachadinhas” que teria ocorrido em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio”.

    A decisão do CNMP de abrir sindicância contra a promotora foi assinada pelo corregedor Nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima. A representação contra Patrícia foi feita no início de setembro e, agora, o Conselho vai apurar se houve ou não, por parte da promotora, algum tipo de vazamento, infração ou abuso de autoridade. 

    O senador tem reclamado ao CNMP sobre vazamentos à imprensa em relação a informações sobre o inquérito que corre contra ele, e que estão sob segredo de justiça. 

    Inclusive, no final do mês passado, circulou entre os membros a informação de que o MP havia oferecido denúncia por organização contra Flávio Bolsonaro. Mas, depois que a informação vazou para imprensa, a instituição decidiu voltar atrás, suspender o protocolo da denúncia e informar que a peça ainda não havia sido apresentada à Justiça. O episódio foi interpretado como “confuso”e “controverso” por candidatos ao cargo de procurador-Geral de Justiça ouvidos pela CNN. 

    Procurado, o Ministério Público do Rio de Janeiro não se pronunciou sobre o caso.

    Sobre a investigação das “rachadinhas”

    Em 2018 a Operação Furna da Onça prendeu 10 deputados estaduais por participarem de esquema de corrupção do então ex governador Sérgio Cabral. A operação foi um desdobramento da Lava Jato do Rio. 
    Dentro dessa operação, existia um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) que mencionava Fabrício Queiroz. Foi nessa ocasião que Flávio Bolsonaro teria sido avisado da existência desse relatório e da menção de seu assessor. 

    O relatório foi então enviado para o Ministério Público Estadual do Rio, e revelado no final de 2018. Foi a partir desse encaminhamento que começou a investigação das rachadinhas.