Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    À CPI, diretor da Prevent Senior deve alegar que associados têm autonomia em prescrição

    Segundo relatos feitos à CNN Brasil, Pedro Batista pretende negar vinculação com o Palácio do Planalto ou com o “gabinete paralelo” em adoção de medicamentos como a hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus

    Gustavo Uribeda CNN , em Brasília

    Em depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (21), o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, deve alegar que os médicos associados à operadora de saúde têm autonomia na prescrição de medicamentos.

    O representante da empresa de saúde pretende, no entanto, negar vinculação com o Palácio do Planalto ou com o apelidado “gabinete paralelo” na prescrição de medicamentos como a hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus.

    O discurso que deve ser adotado por Pedro Batista foi antecipado à CNN por interlocutores do diretor-executivo. A intenção dele é também negar que o tratamento foi adotado sem o consentimento dos pacientes ou de seus familiares.

    A inquirição de Pedro Batista seria realizada na última quinta-feira (16), mas, com a ausência do depoente, foi remarcada para esta quarta-feira (22).

    Um dossiê foi enviado à CPI da Pandemia por ex-funcionários da Prevent Senior com denúncias contra a empresa. Uma delas é o uso indiscriminado do chamado kit covid, com cloroquina e azitromicina, numa espécie de tratamento experimental.

    Segundo a denúncia dos médicos, a Prevent Senior teria se associado ao chamado “gabinete paralelo” na estratégia do governo federal de influenciar a população a usar medicamentos sem eficácia comprovada para a cura ou prevenção da Covid-19.

    O dossiê entregue à CPI da Pandemia também mostra que a empresa teria omitido mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar a Covid-19.

    O advogado da Prevent Senior, Aristides Zacarelli Neto, disse à CNN que não teve acesso a nenhum documento que deu lastro às denúncia. “Elas são feitas sempre de maneira anônima”, criticou.

    Na última segunda-feira (20), a CNN revelou que uma lista com sugestões de perguntas foi enviada pelo Palácio do Planalto a senadores governistas para o depoimento de Pedro Batista.

    Segundo o documento, ao qual a CNN teve acesso, a sugestão é para que os senadores governistas defendam o tratamento precoce e coloquem em dúvidas as denúncias contra a empresa de saúde.

    Tópicos