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    À CNN, senador diz que CPI da Pandemia tenta criar narrativa anticloroquina

    Jorginho Mello (PL-SC) diz que senadores da oposição tentam usar medicamento para 'condenar' o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

    Gregory Prudenciano e Rudá Moreira, da CNN, em São Paulo e em Brasília

    Integrante da ala governista da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o senador Jorginho Mello (PL-SC) disse à CNN nesta terça-feira (11) que senadores da oposição estão tentando criar na CPI uma narrativa para “condenar” o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por conta da cloroquina, medicamento sem eficácia no tratamento da Covid-19 e que frequentemente é defendido pelo presidente com esta finalidade. 

    “Se fala muito em cloroquina, cloroquina, a gente vê na CPI uma narrativa de querer condenar o presidente porque ele receitou esse remédio, e isso não é possível. Já passamos nessa história da cloroquina, já estamos na Anvisa agora”, reclamou o senador, para quem Bolsonaro jamais receitou a cloroquina. “Ele [Bolsonaro] falou que era um remédio que ele tomou, que era para a malária, para lúpus. Agora, quem resolve se usa ou se não usa é o médico”, argumentou. 

    O senador elogiou a participação do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, à investigação. Jorginho Mello disse que o depoimento prestado por Barra Torres “foi o melhor depoimento” já prestado até aqui, e que o chefe da agência sanitária “não se furtou de responder absolutamente nada”. 

    Questionado sobre as divergências expostas por Barra Torres entre ele próprio e o presidente Jair Bolsonaro, Mello explicou que chefe do Executivo nacional “é um homem diferenciado”, dono de posições pessoais que o levam a não usar máscaras, por exemplo, mas que tem garantido a independência da Anvisa, que atua como “instituição de estado”. 

    “Ele [Barra Torres] disse ‘eu defendo o uso de máscaras, defendo o álcool [uso do álcool em gel], defendo isso e aquilo, distanciamento, mas, agora, com relação ao presidente, é uma posição pessoal dele e que ele tem que eu não tenho’. É muito normal o que ele disse”, afirmou Mello.

    Em seu depoimento à CPI da Pandemia nesta terça-feira, Antonio Barra Torres disse que há declarações de Bolsonaro que vão contra o que a Anvisa defende. O diretor da agência também confirmou que houve uma proposta de incluir por decreto presidencial o tratamento contra a Covid-19 da bula da cloroquina, mas que ele mesmo rechaçou a ideia. 

    Em março de 2020, Barra Torres esteve ao lado de Bolsonaro em uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto na qual o presidente foi em direção aos manifestantes, sem máscara, e cumprimentou dezenas de pessoas. Na CPI, o chefe da Anvisa disse que a cena deixou uma “imagem negativa” e disse que, hoje, “se pensasse cinco minutos, não teria feito”. 

    O senador Jorginho Mello (PL-SC), titular da CPI da Pandemia
    O senador Jorginho Mello (PL-SC), titular da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (05.mai.2021)

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