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    À CNN, Pimenta diz que Lula está ciente do plano para matá-lo após eleição de 2022

    "Sentimento de perplexidade", afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência

    Manoela Carluccida CNN , São Paulo

    “O presidente sabe, ele tem conhecimento de tudo o que está acontecendo”, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, à CNN sobre a operação deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, que mira uma organização criminosa que teria sido responsável por planejar os assassinatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

    “Naturalmente que o foco, hoje, é a questão do G20, mas o presidente está informado da investigação, das ações da Polícia Federal, de tudo o que está acontecendo e, com certeza, em um momento oportuno, ele vai ter oportunidade de poder, quem sabe, até se manifestar sobre isso”, disse o ministro.

    Ele destacou que, no momento, o sentimento “é de perplexidade”.

    “A gente lamenta profundamente que, num momento em que o mundo inteiro está olhando para o Brasil, a gente, mais uma vez, acabe sendo destaque, não na página de política nem de economia, mas na página policial”, disse.

    O presidente da República está no Rio de Janeiro para o segundo e último dia da Cúpula de Líderes do G20. O dia de Lula está repleto de agendas e reuniões bilaterais.

    A previsão é de que ele retorne ainda hoje para Brasília, mas que antes realize uma coletiva de imprensa.

    Operação Contragolpe

    De acordo com a Polícia Federal (PF), o grupo que teria planejado os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes é formado, na maioria, por militares do grupo de elite das Forças Armadas, conhecidos como “kids pretos”.

    Cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, e 15 medidas cautelares foram cumpridas. Entre os alvos, estão quatro militares, incluindo um general da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), além de um policial federal.

    De acordo com a investigação, os três assassinatos deveriam ocorrer em 15 de dezembro de 2022, apenas três dias depois da diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral. Ainda segundo a PF, o plano cogitou uso de veneno para matar o presidente.

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